Avaliação da percepção e autocuidado em saúde bucal na atenção básica na perspectiva do envelhecimento
Evaluation of perception and self-care in oral health in basic care in the aging perspective
Evaluación de la percepción y autocuidado en salud bucal en la atención básica en la perspectiva del envejecimiento

Tempus (Brasília); 13 (3), 2019
Publication year: 2019

Os adultos foram ao longo dos anos mitigados pela odontologia curativo-mutiladora, sem receberem, via de regra, tratamentos preventivos. Escassos são os estudos em saúde bucal com intuito de conhecer o que os adultos pensam e quais os cuidados praticam na vida cotidiana. Neste sentido, esta pesquisa objetivou avaliar a percepção e o autocuidado em saúde bucal de adultos na perspectiva do envelhecimento. Com a abordagem quantiqualitativa,utilizou-se um questionário para entrevista semiestruturada, apresentando os resultados através de estatística descritiva e exposição dos melhores discursos. Foram entrevistados 50 adultos, entre 25 a 59 anos, usuários de uma Unidade de Básica de Saúde (UBS)em Nova Russas-CE, Brasil. Predominouno grupo de entrevistados aqueles do sexo feminino (78%), pardos (80%), com ensino fundamental incompleto (42%), beneficiários do programa Bolsa Família (62%), ocupação do lar (42%) e idade média de 40,66 anos. A maioria dos usuários não acredita que terá dentes naturais quando idosos (70%) e já percebem sinais de envelhecimento (74%). Poucos conhecem o que é cálculo dentário (8%),e já perderam vários elementos dentários (6,67 dentes/pessoa). Os usuários apresentaram valores arraigados como escovar os dentes ao acordar (88%) ao invés de depois do café,e alguns procuram atendimento odontológico quando aparecem queixas: 28% ao sentir dor de dente e 34% quando consideram precisar. Em suma, os usuários mostraram uma relação de codependência ao sistema de saúde pública vigente, havendo a necessidade desse ser efetivamente integral e universal,ao passo que os usuários busquem corresponsabilizar-se pela sua saúde oral, cuidando-se autonomamente. (AU)
Adults have been mitigated over the years by curative-mutilating dentistry, without receiving, as a rule, preventive treatments. There are few studies on oral health with the aim of knowing what adults think and what care they practice in everyday life. In this sense, this research aimed to evaluate the perception and self-care in oral health of adults in the perspective of aging. With a quantitative and qualitative approach, a questionnaire was used for a semi-structured interview, presenting the results through descriptive statistics and exposure of the best speeches. Fifty adults aged between 25 and 59 years, users of a Basic Health Unit (UBS) in Nova Russas-CE, Brazil, were interviewed. The predominant group of respondents were female (78%), brown (80%), with incomplete primary education (42%), beneficiaries of the Bolsa Família program (62%), housework (42%) and average age of 40 ,66 years. Most users do not believe they will have natural teeth when elderly (70%) and already notice signs of aging (74%). Few know what dental calculus is (8%), and they have already lost several dental elements (6.67 teeth/person). Users showed ingrained values ​​such as brushing their teeth when they wake up (88%) instead of after breakfast, and some seek dental care when they have complaints: 28% when they feel a toothache and 34% when they consider it necessary. In short, users showed a relationship of codependence with the current public health system, with the need for it to be effectively comprehensive and universal, while users seek to be co-responsible for their oral health, taking care of themselves autonomously.

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