Oral health disparities among Brazilian self-identified indigenous individuals
Disparidades em saúde bucal entre brasileiros autodeclarados indígenas
Tempus (Brasília); 13 (3), 2019
Publication year: 2019
This article aimed to use epidemiological constructs to describe and analyze the oral health burdens among self-identified indigenous individuals in Brazil and to compare the findings with the oral health status within the non-indigenous population. The study utilized secondary data from the Oral health Brazil database (SB Brasil 2003) to address the null hypothesis that there were no oral health differences between self-identified indigenous and non-indigenous individuals in Brazil. Indigenous individuals had 3.17 (95% C.I.:2.44--4.13) greater odds of never having visited a dentist’s office than non-indigenous individuals. Indigenous persons had1.55 (95% C.I.:1.20--2.00) greater odds of having periodontal problems than non-indigenous persons. Indigenous children had 1.71(95% C.I.:1.37--2.14) higher odds of having a decayed, missing, and filled teeth score different from zero than non-indigenous children. Finally, indigenous persons were found to have 1.24 (95% C.I.:1.07--1.45) greater odds of not being a caries free individual than a non-indigenous person. The results lend credence to the suspicions that in Brazil there are unequal and unfair differences in oral health status and access to dental care between self-identified indigenous individuals and their respective national counterpart. (AU)
Este artigo teve como objetivo utilizar os constructos epidemiológicos para descrever e analisar as cargas de saúde bucal entre Brasileiros autodeclarados indígenas e comparar os achados com o perfil de saúde bucal da população não-indígena. O estudo utilizou dados secundários da base de dados Saúde Bucal Brasil (SB Brasil 2003) visando abordar a hipótese nula de que não existem diferenças em saúde bucal entre indivíduos autodeclarados indígenas e não indígenas no Brasil. Indivíduos indígenas tiveram uma razão de chances 3.17 (95%C.I.: 2.14--4.13) maior de nunca terem visitado um consultório odontológico do que indivíduos não indígenas. Indígenas possuem 1.55 (95%C.I.: 1.20--2.00) mais chances de terem problemas periodontais do que pessoas autodeclaradas não-indígenas. Crianças indígenas tiveram 1.71 (95%C.I.: 1.37--2.14) mais chances de possuir uma pontuação de dentes cariados, perdidos e obturados diferente de zero do que crianças não-indígenas. Os resultados nos levam às suspeitas de que no Brasil existem diferenças desiguais e injustas no perfil de saúde bucal e no acesso ao atendimento odontológico entre indivíduos autodeclarados indígenas e sua respectiva contraparte nacional. (AU)