Crise do seguro saúde no Chile: doença crônica socialmente transmissível
Crisis of health insurance in Chile: chronic socially transmissible disease
Crisis del aseguramiento de la salud en Chile: enfermedad crónica socialmente transmisible
Tempus (Brasília); 13 (2), 2019
Publication year: 2019
No Chile, desde o início da seguridade social em saúde sob responsabilidade estatal, em 1924, instalou-se uma crise de legitimidade da proteção social à saúde, porque nunca foi materializado o princípio da universalidade e os diferentes sistemas implantados excluíram a segmentos da população, gerando fragmentação e desigualdades. Serão desenvolvidas idéias sobre a persistente fragmentação classista do sistema de saúde enquanto forma de reprodução social, quase imune às concepções progressistas e à análise crítica de algumas propostas de mudanças estruturais.
OBJETIVO:
Analisar a evolução sócio-histórica da seguridade social em saúde no Chile, entre 1924 e 2018.METODOLOGIA:
Ensaio.CONCLUSÕES:
A luta por mudar o paradigma ideológico-hegemônico produz uma trajetória política em ziguezague. O caso chileno mostra poucos avanços e múltiplos retrocessos na garantia do direito à saúde. Observa-se una previdência social fragmentada com multiplicidade de sistemas de saúde; grande desigualdade nos resultados; contradição entre a herança estatista dos primeiros anos do século XX e a profunda neoliberalização da garantia propiciada pela ditadura. A fragmentação clássica dos sistemas de saúde e sua reprodução social, quase impermeável às concepções realmente próximas dos princípios da seguridade social, é o que chamamos de “doença socialmente transmissível”. (AU)
In Chile, since the beginning of the social security in health with State responsibility in 1924, a crisis of legitimacy of social protection in health has been installed, because the universality has never been fulfilled, the different systems implemented exclude some part of the population, generating fragmentation and inequality. We will develop ideas regarding the class fragmentation, as a form of social reproduction, almost impervious to more progressive conceptions and critical analysis of some proposals for structural changes.
OBJECTIVE:
To make a socio-historical analytical pathway of social security in Chilean health between 1924 and 2018.METHODOLOGY:
Assay.CONCLUSIONS:
The struggle to change the hegemonic ideological paradigm produces a zigzagging political trajectory. The Chilean case shows few advances and multiple setbacks in the consolidation of the right to health and its assurance. We find a fragmented social security with a multiplicity of health systems; great inequality in the results, contradiction between the statist inheritance of the first decades of the 20th century and the acute neoliberalization of the assurance instalated in the dictatorship.Classical fragmentation of health systems and their social reproduction, almost impervious to conceptions truly close to the principles of social security, is what we call “socially transmissible disease”. (AU)
En Chile, desde el inicio de la seguridad social en salud de responsabilidad del Estado en 1924, se ha instalado una crisis de legitimidad de la protección social en salud, ya que nunca se cumplió con el principio de universalidad, los diferentes sistemas implementados excluyen alguna parte de la población, generando fragmentación e inequidad. Desarrollaremos ideas respecto de la fragmentación clasista perpetuada, como forma de reproducción social, casi impermeable a concepciones más progresistas y análisis crítico de algunas propuestas de cambios estructurales.