Rev. Pesqui. Fisioter; 13 (1), 2023
Publication year: 2023
INTRODUÇÃO:
A telerreabilitação é uma modalidade de
atendimento realizado à distância que foi considerada um recurso
fundamental durante a pandemia da COVID-19. Entretanto, era
uma modalidade ainda não vivenciada por muitos profissionais e
familiares. OBJETIVO:
Descrever a percepção dos pais ou responsáveis
por crianças em tratamento fisioterapêutico, sobre os desafios e as
contribuições da experiência com a telerreabilitação realizada em
serviço ambulatorial durante a pandemia de COVID-19. MATERIAIS E
MÉTODOS:
Estudo observacional transversal exploratório, realizado
com pais ou responsáveis por crianças, com idade entre 0 a 12 anos,
com qualquer condição de saúde neurológica ou musculoesquelética
em acompanhamento fisioterapêutico por telerreabilitação, no
período de junho a agosto de 2021. Um questionário elaborado
pelas autoras com perguntas sobre a percepção dos responsáveis,
desafios e contribuições da telerreabilitação foi encaminhado para
os responsáveis por meio de um link do Google Forms, via e-mail ou
aplicativo de mensagem no celular, e foi auto aplicado. Realizaramse análises descritivas dos dados coletados por meio da frequência
de respostas dos pais ou responsáveis nas questões específicas. As
variáveis numéricas foram apresentadas como média ± desvio-padrão
e as variáveis categóricas, como frequências absolutas e relativas.
RESULTADOS:
Dezoito responsáveis receberam e responderam o
questionário completamente. A mãe foi a responsável mais citada,
a maioria das crianças recebeu atendimento duas vezes na semana
e o diagnóstico mais prevalente foi paralisia cerebral. Setenta e três
por cento dos responsáveis avaliaram a telerreabilitação como acima
do nível esperado e com contribuição além de suas expectativas.
CONCLUSÃO:
De acordo com a percepção dos pais, sobre os desafios
e as contribuições da experiência com a telerreabilitação realizada em
serviço ambulatorial, os benefícios parecem superar os desafios.
INTRODUCTION:
Telerehabilitation is a modality of care
provided remotely that was considered a fundamental resource during
the COVID-19 pandemic. However, it was a modality not yet experienced
by many professionals and family members. OBJECTIVE:
To describe
the perception of parents or guardians of children undergoing physical
therapy, about the challenges and contributions of the experience
with telerehabilitation performed in an outpatient service during the
COVID-19 pandemics. MATERIAL AND METHODS:
An exploratory crosssectional observational study carried out with parents or guardians
of children, aged between 0 and 12 years old, with any neurological
or musculoskeletal health condition in physiotherapeutic treatment
by telerehabilitation, from June to August 2021. A questionnaire
prepared by the authors with questions about the perception of those
responsible, challenges and contributions of telerehabilitation was sent
to those responsible through a Google Forms link, by email or mobile
messaging app and was self-applied. Descriptive analysis of the data
collected was carried out through the frequency of responses from
parents or guardians on specific questions. Numerical variables were
presented as mean ± standard deviation and categorical variables
as absolute and relative frequencies. RESULTS:
Eighteen guardians
received and answered the questionnaire completely. The mother
was the most cited guardian, most children received care twice a
week and the most prevalent diagnosis was cerebral palsy. Seventythree percent of those responsible rated telerehabilitation as above
the expected level and with a contribution beyond their expectations.
According to them, the greatest contribution of telerehabilitation was
the satisfactory motor development presented by the children during
the period of social isolation. CONCLUSION:
According to the parents'
perception of the challenges and contributions of the experience with
telerehabilitation performed in outpatient service, the benefits seem to
outweigh the challenges.