Representações de família em calouros de Psicologia: estudo longitudinal
Representaciones de familia en novatos de Psicología: estudio longitudinal
Family Representations in Psychology Freshmen: A Longitudinal Study
Av. psicol. latinoam; 40 (2), 2022
Publication year: 2022
Este estudo longitudinal teve por objetivo conhecer as representações de família por parte de estudantes de um curso de Psicologia a partir de dois momentos da formação:
no início do curso, na transição para a universidade, e ao final do primeiro semestre letivo. Participa-ram 16 estudantes de Psicologia de uma universidade pública com idades entre 17 e 21 anos, entrevistados individualmente nesses dois momentos e submetidos a uma intervenção grupal que contou com a discussão de filmes que retratavam o tema família. Nas primeiras entrevistas a família emergiu como espaço afetivo relacional que transcende laços consanguíneos, em uma concepção ampliada. Nas entrevistas finais, emergiu a dificuldade para definição de uma representação única que englobe todas as possibilidades de ser família. O exercício de reflexão promovido pelas atividades permi-tiu que os estudantes transitassem de uma representação mais cristalizada do que é família para uma leitura mais flexível sobre o que pode ser essa instituição e suas configurações. Em um contexto sociocultural permeado por discursos sociopolíticos em defesa de uma única representação familiar, atividades como a apresentada neste estudo podem fornecer condições para formação de psicólogos críticos e comprometidos com as diferentes possibilidades de ser família na atualidade.
Este estudio longitudinal tuvo como objetivo conocer las representaciones de la familia por parte de los estudiantes de un curso de psicología, a partir de dos momentos en la formación: inicio del curso en la transición a la universidad, y al final del primer semestre académico. Participaron 16 estudiantes de psicología entre 17 y 21 años de una universidad pública, entrevistados individualmente en estos dos momentos y sometidos a una intervención grupal que incluyó la discusión de películas que retrataban el tema de la familia. En las primeras entrevistas, la familia surgió como un espacio afectivo-relacional que trasciende los lazos consanguíneos, en una concepción expandida. En las entrevistas finales, se evidenció la dificultad de definir una sola representación que abarque todas las posibilidades de ser familia. El ejercicio de reflexión promovido por las actividades permitió a los estudiantes pasar de una representación más cristalizada de lo que es una familia a una lectura más flexible de lo que puede ser esta institución y sus configuraciones. En un contexto sociocultural permeado por discursos sociopolíticos en defensa de una representación familiar única, actividades como la presentada pueden brindar condiciones para la formación de psicólogos críticos comprometidos con las diferentes posibilidades de ser familia actualmente.