Conduta dos cirurgiões-dentistas frente à violência contra a mulher: uma revisão integrativa
Attitudes of dental surgeons towards violence against women: an integrative review
Conductasde los cirujanos dentistas frente a la violencia contra la mujer: una revisión integradora

Rev. Ciênc. Plur; 9 (1), 2023
Publication year: 2023

Introdução:

A violência doméstica, um fenômenoconstante na vida de muitas mulheres, possui dimensões globais. Esse infortúnio que assombra o sistema de saúde se intensificou ainda mais com as medidas de restrição social e o confinamento das vítimas com seus agressores por um longo período, no cenário de pandemia da Covid-19.

Objetivo:

Essa pesquisa teve por objetivo identificar a conduta dos cirurgiões-dentistas frente à violência contra a mulher, por meio de uma revisão integrativa.

Metodologia:

A busca dos estudos foi realizada nas plataformas de bancos de dados da Biblioteca Virtual de Saúde e da National Library of Medicine. Foram selecionados os textos completos, disponíveis em português, referentes aos últimos cinco anos (2017-2022) e utilizando os descritores "Violência contra as mulheres", “Saúde bucal”, "Autoimagem" e “Traumatismos da Face”, combinados com o operador booleano “and”.

Resultados:

Foram recuperados 51 estudos, dos quais utilizaram-se 13, pois esses satisfizeram os critérios de inclusão e exclusão, demonstrando que o tema de maior destaque foi a violência contra a mulher associada com a autoestima, autoimagem e predominantemente estudos transversais. Observou-se que o impacto emocional ultrapassa os danos físicos provenientes da violência contra a mulher. A face, principalmente a boca, é a área mais afetada pela violência doméstica. O uso do álcool e de drogas pelos agressores aumentam as chances de violência contra a mulher. Ainda, os dados encontrados não contemplaram completamente a indagação sobre o papel do cirurgião-dentista diante do acolhimento das vítimas da violência doméstica.

Conclusões:

Os cirurgiões-dentistas como profissionais de saúde, inseridos diariamente no manejo das lesões de cabeça e pescoço, fazem parte do acolhimento das vítimas de violência doméstica e devem estarcapacitadosno cuidado integral à saúdepara lidar com as demandas necessárias (AU).

Introduction:

Domestic violence, a constant phenomenonin the lives of many women, has global dimensions. Social distancing measures and house confinement of victims with their aggressors for long periods in the scenario of the Covid-19 pandemic has further escalated this misfortune with which the health systemhas to deal.

Objective:

This study sought to identify the attitudes of dental surgeons towards violence against women through an integrative review.

Methodology:

A search of studies was conducted in the Virtual Health Library and National Library of Medicine databases. The descriptors “Violence against women”, “Oral health”, “Self-image” and “Facial trauma” were used, combined with the Boolean operator “AND”. Full texts available in Portuguese published in the last five years (2017-2022) were selected.

Results:

Fifty-one studies were retrieved and 13 were selected after application of inclusion and exclusion criteria. They were predominantly cross-sectional studies and showed that the most prominent theme was violence against women associated with self-esteem andself-image. It was observed that the emotional impact goes beyond the physical damage resulting from violence against women. The face, especially the mouth, is the area most affected by domestic violence. The use of alcohol and drugs by aggressors increases the chances of violence against women. The data found did not fully cover the question about the role of dental surgeons in the support for victims of domestic violence.

Conclusions:

As health professionals involved with daily management of cases of head and neck injuries, dental surgeons have a role in the care and support for victims of domestic violence and must be trained in comprehensive health care to deal with the necessary demands (AU).

Introducción:

La violencia doméstica, un fenómeno constante en la vida de muchas mujeres, tiene dimensiones globales. Esta desgracia que acecha al sistema de salud se ha recrudecido aún más con las medidas de restricción social y el confinamiento de las víctimas con sus agresores durante un largo periodo en el escenario de la pandemia del Covid-19.

Objetivo:

Esta investigación tuvo como objetivo identificar el comportamiento de los odontólogos frente a la violencia contra la mujer.

Metodología:

La búsqueda de estudios se realizó en las plataformas de bases de datos de la Biblioteca Virtual en Salud y la Biblioteca Nacional de Medicina. Fueron seleccionados textos completos, disponibles en portugués, referidos a los últimos cinco años (2017-2022) y utilizando los descriptores "Violencia contra la mujer", "Salud bucal", "Autoimagen" y "Trauma facial", combinado con el operador booleano “AND”.

Resultados:

Fueron recuperados 51 estudios, de los cuales 13 fueron utilizados, ya que cumplieron con los criterios de inclusión y exclusión, demostrando que el tema más destacado fue la violencia contra la mujer asociada a la autoestima, la autoimagen y estudios predominantemente transversales. Se observó que el impacto emocional va más allá del daño físico derivado de la violencia contra las mujeres. La cara, especialmente la boca, es la zona más afectada por la violencia doméstica. El uso de alcohol y drogas por parte de los agresores aumenta las posibilidades de violencia contra las mujeres. Aun así, los datos encontrados no contemplaron en su totalidad la pregunta sobre el papel del odontólogo en la acogida de víctimas de violencia doméstica.

Conclusiones:

Los cirujanos dentistas como profesionales de la salud, insertos cotidianamente en el manejo de traumatismos de cabeza y cuello, forman parte del cuidado de víctimas de violencia doméstica y deben estar capacitados en atención integral de salud para hacer frente a las demandas necesarias (AU).

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