Dimensões da escala brasileira de insegurança alimentar na atenção primária à saúde
Dimensions of the Brazilian food insecurity scale on primary health care

Demetra (Rio J.); 16 (1), 2021
Publication year: 2021

Objetivo:

Analisar a relevância das dimensões da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA).

Método:

Conduziu-se estudo a partir da linha de base com amostra representativa de usuários do Programa Academia da Saúde de Belo Horizonte-MG. A mensuração da insegurança alimentar foi obtida pela EBIA. Utilizou-se análise fatorial para identificar as dimensões da EBIA relevantes para os usuários do Programa.

Resultado:

Verificou-se elevada prevalência de insegurança alimentar (31,1%), sobretudo entre as famílias com menores de 18 anos (41,0%). Foi identificada redução do percentual de respostas afirmativas segundo a gravidade de insegurança alimentar implicada na questão, sendo queitens relacionados à insegurança alimentar leve (preocupação e acesso à alimentação saudável) apresentaram maior percentual de respostas afirmativas, enquanto aqueles correlatos à insegurança alimentar severa (fome e perda de peso), menores percentuais.

Foram identificados três fatores relevantes da EBIA para famílias com menores de 18 anos:

preocupação, privação e crianças/adolescentes; e para as demais famílias: preocupação, privação e fome.

Conclusão:

Sugere-se, assim, o uso da EBIA na Atenção Primária, visando avaliar o risco de insegurança alimentar e o delineamento de ações de promoção da saúde mais abrangentes.

Objective:

The aim of the current study is to analyze the relevance of dimensions of the Brazilian Food Insecurity Scale (EBIA).

Methods:

Baseline study conducted with sample representative of Health Academy Program (HAP) users in Belo Horizonte – MG. Food insecurity was measured based on EBIA. Factor analysis was used to identify EBIA dimensions relevant to HAP users.

Results:

There was high prevalence of food insecurity (31.1%), mainly among families with members younger than 18 years (41.0%). Affirmative response rates have decreaseddepending on the food insecurity severity level involved in the question.Items associated with mild food insecurity (concernedwith and access to healthy food) recorded higher affirmative response rates, whereasitems associated withsevere food insecurity (hunger and weight loss) recorded lower rates. Three relevant EBIA factors were identified for family members younger than 18 years, namely: concern, deprivation and children / adolescents, whereas relevant EBIA factors identified for other family members comprised concern, deprivation and hunger.

Conclusion:

EBIA should be used in Primary Care in order to assess the risk of food insecurity and the design of more comprehensive health promotion actions.

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