Rev. Soc. Bras. Clín. Méd; 20 (2), 2022
Publication year: 2022
Introdução:
A extubação no serviço de emergência não é realizada com frequência, mas pode ser segura em pacientes selecionados sendo que sua falha e subsequente reintubação é
associada com aumento do tempo de ventilação mecânica e
mortalidade. Objetivo:
Estabelecer as variáveis preditivas de
insucesso da extubação na sala de emergência para a identificação dos pacientes potencialmente elegíveis para o procedimento com maior assertividade. Métodos:
Estudo retrospectivo através da análise de prontuário de pacientes que foram
extubados no serviço de emergência do Hospital de Base de
São José de Rio Preto/SP no período de julho de 2018 a julho de
2021. Dados clínicos e demográficos foram coletados, como idade, sexo, causa da intubação e doenças associadas. Os demais
dados analisados após a extubação do paciente foram necessidade de reintubação, tempo de internação hospitalar, necessidade de terapia intensiva, alta hospitalar e óbito. Resultados:
Os preditores de reintubação orotraqueal avaliados foram idade, sexo masculino, duração da intubação, doenças cardíacas,
pulmonares, gastrointestinais e infecciosas, traumatismo cranioencefálico, ventilação não invasiva pós-extubação e estridor.
Os preditores com maior Odds Ratio foram estridor, doenças
infecciosas e ventilação não invasiva pós-extubação, com aumento da chance de reintubação comparado aos outros pacientes. Conclusão:
A análise conjunta das variáveis clínicas mais a
identificação dos fatores de insucesso apresentados estimulam
a equipe assistencial a buscar a extubação de pacientes selecionáveis dentro da sala de emergência com maior assertividade
Introduction:
Extubation in the emergency department is not
performed frequently, but it can be safe in selected patients,
and its failure and subsequent reintubation is associated with
increased duration of mechanical ventilation and mortality.
Objective:
To establish predictive variables of extubation failure
in the emergency room to identify patients potentially eligible
for the procedure with greater assertiveness. Methods:
Retrospective study by analyzing the medical records of patients who
were extubated in the emergency department of the Hospital de
Base de São José de Rio Preto/SP from July 2018 to July 2021.
Clinical and demographic data were collected, such as age, sex,
cause of intubation and associated diseases. The other data
analyzed after extubation of the patient were need for reintubation, length of hospital stay, need for intensive care, hospital
discharge and death. Results:
The predictors of orotracheal
reintubation evaluated were age, male gender, duration of intubation, cardiac, pulmonary, gastrointestinal and infectious
diseases, traumatic brain injury, non-invasive post-extubation
ventilation and stridor. The predictors with the highest Odds
Ratio were stridor, infectious diseases and post-extubation noninvasive ventilation, with an increased chance of reintubation
compared to other patients. Conclusion:
The joint analysis of
clinical variables plus the identification of failure factors presented encourage the care team to seek the extubation of selectable
patients within the emergency room with greater assertiveness.