Physis (Rio J.); 33 (), 2023
Publication year: 2023
Resumo Objetivo:
Analisar o itinerário terapêutico de idosos vivendo com HIV em assistência num município do Oeste Catarinense. Metodologia:
Estudo qualitativo com método história oral temática. A população foi composta por idosos que vivem há mais de cinco anos com HIV/Aids, assistidos em um Serviço de Atendimento Especializado. Foram realizados dois encontros para aproximação e três momentos de entrevistas em profundidade abordando questões relacionadas as trajetórias assistenciais dos sujeitos e sua relação com a doença. A análise de dados foi realizada por meio da análise temática de conteúdo. Resultados e Discussão:
Os idosos tiveram seu diagnóstico em fase tardia o que mostra a dificuldade dos serviços de saúde em identificar precocemente o HIV na pessoa idosa. O tratamento foi centralizado na medicação com antirretrovirais, de maneira setorializada em serviço especializado e com equipe constituída por profissional médico, enfermeiro e farmacêutico. Também foi evidenciado baixo acesso a recursos não farmacológicos, como assistência psicoterapêutica. Considerações finais:
A trajetória assistencial precisa ser qualificada na direção de garantir maior acesso as redes de saúde e as equipes interprofissionais para uma atenção à saúde integral que realize o diagnóstico precoce com vistas a reduzir os riscos de complicações e ofereça um cuidado integral e humanizado, que extrapole o uso de medicamentos.
Abstract Objective:
To analyze the therapeutic itinerary of elderly people living with HIV assisted in a municipality in Western Santa Catarina. Methodology:
Qualitative study with thematic oral history method. The population was consisted of elderly people who have been living with HIV/Aids for more than five years, assisted in a Specialized Care Service. Two meetings were held for approximation and three moments of in-depth interviews. Data analysis was performed through thematic content analysis. Results and Discussion:
The elderly had their diagnosis at a late stage, use antiretrovirals in their therapeutic journey, they have the specialized service as the central treatment space and greater contact with the medical professional, nurse and pharmacist. Final considerations:
The therapeutic itineraries were built in a way that diagnoses happen late, with treatment focused on medication, in a sectorized way and without a diverse interprofessional team.