Ontologias da adolescência e ato infracional: uma revisão integrativa da década (2011-2020)
Ontologies of Adolescence and Offending: an integrative review of the decade (2011-2020)

Physis (Rio J.); 33 (), 2023
Publication year: 2023

Resumo Este artigo, segmento do trabalho de doutorado do autor, apresenta uma revisão integrativa de literatura nas diversas áreas de conhecimento que abordam a temática adolescência e ato infracional. Segue o método sistemático e o formato narrativo, tomando a ciência como prática social e levantando aspectos qualitativos da literatura produzida entre 2011 e 2020, com enfoque no estado atual do conhecimento e no modo como se tem produzido os saberes científicos nesse campo. Os resultados apresentam recortes importantes acerca da problemática, porém, de modo geral, o panorama revela saberes fragmentados, com discursos disciplinares e pouco dialogados. Os modos de considerar o adolescente nas pesquisas tendem a se dar com práticas de silenciamento, priorizando o saber-fazer-poder-dizer de adultos, "especialistas" e instituições. Ressalta-se a importância do pensamento crítico, decolonial, complexo e transdisciplinar como orientadores de uma ciência capaz de integrar diferentes saberes, rompendo com lógicas estanques de separação, oposição, redução, hierarquização e silenciamento.
Abstract This article, segment of the author's doctoral work, presents an integrative literature review in the different areas of knowledge that address the issue of adolescence and infractions. It follows the systematic method and narrative format, taking science as a social practice and raising qualitative aspects of the literature produced between 2011 and 2020, focusing on the current state of knowledge and the way scientific knowledge in this field has been produced. The results show important insights into this issue, however, in general, the panorama reveals fragmented knowledge, with disciplinary scientific discourses and little dialogue. The ways of considering adolescents in research tend to be based on silencing practices, prioritizing know-can-do-say from adults, "experts" and institutions. The importance of critical, decolonial, complex and transdisciplinary thinking is highlighted as guiding a science capable of integrating different knowledge, breaking with stagnant logics of separation, opposition, reduction, hierarchization and silencing.

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