Rev. Bras. Saúde Mater. Infant. (Online); 20 (4), 2020
Publication year: 2020
Objetivos:
analisar a relação entre as taxas de cesárea, segundo grupos da classificação
de Robson, dos estabelecimentos que prestam assistência ao parto no SUS no estado de São
Paulo e as condições de urbanização.
Métodos:
foram analisados dados de 2016 do Sistema de Informação sobre Nascidos
Vivos e do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde. O desfecho estudado foi a taxa
de cesárea dos estabelecimentos, agrupados por tipo de administração (pública ou por entidades filantrópicas) e por condição de urbanização.
Resultados:
a taxa de cesárea dos serviços que prestam assistência ao parto no SUS no
estado de São Paulo foi de 50,5%, variando de 41,1% nas regiões metropolitanas até 75,2%
nas regiões de baixa urbanização. As taxas de cesárea dos estabelecimentos de administração pública (38,2%) foram significativamente menores que dos estabelecimentos administrados por entidades filantrópicas (62,3%). Os grupos de Robson que mais contribuíram
na taxa global de cesárea foram o 5 (36,6%) e o 2 (21,5%).
Conclusões:
as regiões menos urbanizadas apresentaram taxas de cesárea significativamente maiores que as regiões metropolitanas e de alta urbanização. As taxas de cesárea dos
estabelecimentos públicos foram significativamente menores que dos filantrópicos, entretanto, quando separados por condição de urbanização, essa diferença só foi observada nas
regiões metropolitanas.