Tempus (Brasília); 12 (2), 2019
Publication year: 2019
Objetivo:
Avaliar a qualidade de vida de trabalhadores portuários identificando os fatores associados a esse desfecho.Métodos:
Trata-se de um estudo transversal desenvolvido com 226 trabalhadores de estiva e de capatazia de um porto no sul do Brasil. A coleta ocorreu em 2014, abrangendo dados sobre qualidade de vida no trabalho (QVT), atividade física, estresse e sintomas osteomusculares relacionados ao trabalho; utilizando-se, respectivamente, o Questionário de Qualidade de Vida no Trabalho, o Questionário Internacional de Atividade Física, a Job Stress Scale e o Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares. Resultados:
Dos trabalhadores analisados, identificou-se 73% (n=165) com nível de estresse médio ou alto, 68,2% (n=154) com sobrepeso e/ou obesidade e 50% (n=113) com sintomas osteomusculares, sendo a região lombar a mais prevalente (31,9% - n=72). Este estudo mostrou associação do desfecho QVT com as variáveis independentes:
idade, renda e sintomas osteomusculares relacionados ao trabalho. Encontrou-se a prevalência de 46% (n=104) para QVT desfavorável. O risco para o desfecho aumentou na presença de sintomas osteomusculares relacionados ao trabalho (RP=1,37) e, diminuiu gradativamente nas maiores faixas etárias: 45-59 anos (RP=0,70) e 60 anos ou mais (RP=0,53). Conclusão:
Identificou-se a necessidade de uma intervenção no ambiente laboral portuário, sobretudo no que se refere aos sintomas osteomusculares que comprometem a qualidade de vida dos trabalhadores e no estímulo à adoção de hábitos de vida mais saudáveis. (AU)
Objective:
To evaluate the quality of life of casual dock worker identifying the associated factors to this outcome. Methods:
This was a cross-sectional study developed with 226 workers stevedore and capatazia of a port in southern Brazil. The collected data occurred in the year 2014, covering data on quality of working life (QWL), physical activity, stress and musculoskeletal symptoms related to work; using, respectively, the Quality of Life at Work Questionnaire, the International Physical Activity Questionnaire, the Job Stress Scale and the Nordic Questionnaire of Musculoskeletal Symptoms. Results:
Of workers analyzed, 73% (n=165) were identified with medium or high level of stress, 68.2% (n=154) with overweight and/or obese and 50% (n=113) with musculoskeletal symptoms, being the lumbar region the most prevalent (31.9% - n=72). This study showed an association of quality of life outcome with the independent variables:
age, income and musculoskeletal symptoms related to work. The prevalence of 46% (n=104) for unfavorable QWL was found. The risk for the outcome increased in the presence of musculoskeletal symptoms related to work (PR=1.37) and, gradually, decreasing in older age groups: 45-59 years (PR=0.70) and above 60 years (PR=0.53). Conclusion:
It was identified the need of intervention in the port work environment, especially with regard to the musculoskeletal symptoms that compromise the quality of life of workers and encouraging the adoption of healthier lifestyles. (AU)
Objetivo:
Evaluar la calidad de vida de los trabajadores portuarios temporales e identificar los factores asociados con esta variable de interés. Métodos:
Se trata de un estudio transversal desarrollado con 226 trabajadores de estiba y muellaje de un puerto en el sur de Brasil. La recopilación ocurrió en 2014, abarcando datos sobre calidad de la vida laboral (CVL), actividad física, estrés y síntomas musculoesqueléticos relacionados con el trabajo; utilizando, respectivamente, el Cuestionario de Calidad de Vida en el Trabajo, el Cuestionario Internacional de Actividad Física, la Job Stress Scale y el Cuestionario Nórdico de los Síntomas Musculoesqueléticos. Resultados:
De los trabajadores analizados, 73% (n=165) fueron identificados con nivel de estrés medio o elevado, 68,2% (n=154) tenían sobrepeso y/u obesidad y 50% (n=113) con síntomas musculoesqueléticos, con la región lumbar la más frecuente (31,9% - n=72). Este estudio mostró una asociación de la variable de interés CVL con las variables independientes:
edad, renta y los síntomas musculoesqueléticos relacionados con el trabajo. La prevalencia de la CVL considerada desfavorable fue de 46% (n=104). El riesgo para la variable de interés aumentó en presencia de síntomas musculoesqueléticos relacionados con el trabajo (RP=1,37) y disminuyó gradualmente en grupos de mayor edad: 45-59 años (RP=0,70) y 60 o más años (RP=0,53). Conclusión:
Se identificó la necesidad de una intervención en el ambiente de trabajo portuario, especialmente con respecto a los síntomas musculoesqueléticos que comprometen la calidad de vida de los trabajadores y en el estímulo de la adopción de estilos de vida más saludables. (AU)