Demetra (Rio J.); 16 (1), 2021
Publication year: 2021
Introdução:
Segmentos populacionais não-brancos sofrem reconhecida desvantagem
socioeconômica, além do componente da desigualdade racial que intensifica a
vulnerabilidade desses grupos. Objetivo:
Analisar o estado nutricional de acordo com
raça/cor e região geográfica entre crianças maranhenses e brasileiras beneficiárias do
PBF. Métodos:
Estudo descritivo com dados do estado nutricional de crianças menores
de cinco anos beneficiárias do PBF acompanhadas pelo Sistema de Vigilância
Alimentar e Nutricional em 2017 no Brasil. Resultados:
A raça/cor indígena apresentou
as maiores prevalências de desnutrição em todas as regiões avaliadas e as menores
prevalências de excesso de peso, exceto na Região Sul. As raças/cor preta e amarela
apresentaram as maiores prevalências de desnutrição conseguintes. As raças/cor
amarela e branca também figuraram com elevadas prevalências de excesso de peso.
O Maranhão obteve prevalências de desnutrição e excesso de peso superiores e
inferiores, respectivamente, ao Brasil em todas as raças/cor. Conclusões:
Os resultados
deste estudo apontam a existência de desigualdade de raça/cor no estado nutricional
das crianças avaliadas. Destaca-se a maior vulnerabilidade das crianças indígenas à
desnutrição.
Introduction:
Non-white population segments suffer recognized socioeconomic
disadvantage, in addition to the racial inequality component that intensifies the
vulnerability of these groups. Objective:
to analyze the nutritional status according to
race/color and geographic region among children from Maranhão and Brazilian
beneficiaries of the PBF. Methods:
Descriptive study with data on the nutritional status
of children under five years of age who are beneficiaries of the PBF followed by the
Food and Nutritional Surveillance System in 2017 in Brazil. Results:
The indigenous
race/color had the highest prevalence of malnutrition in all regions evaluated and the
lowest prevalence of overweight, except in the South region. The black and yellow
races/color had the highest prevalence of malnutrition as a result. The yellow and white
races/color also featured high prevalence of overweight. Maranhão had higher and
lower prevalences of malnutrition and overweight, respectively, than Brazil in all
races/color. Conclusions:
The results of this study point to the existence of racial/color
inequality in the nutritional status of the evaluated children. The greater vulnerability
of indigenous children to malnutrition is highlighted.