Rev. Ciênc. Méd. Biol. (Impr.); 22 (1), 2023
Publication year: 2023
Introdução:
durante a permanência em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), os pacientes internados apresentam maior vulnerabilidade a alterações na cavidade oral decorrentes do uso de equipamentos de respiração artificial e do estado imunocomprometido em que se encontram. Objetivo:
identificar as principais manifestações bucais em pacientes internados em uma UTI bem como verificar o conhecimento dos profissionais responsáveis pela higienização bucal. Metodologia:
trata-se de um estudo quantitativo descritivo com delineamento transversal. Os dados foram obtidos nos prontuários médicos dos pacientes
e através de um exame clínico intraoral. Para os profissionais responsáveis pela higiene bucal, foi utilizado um questionário. As análises foram realizadas no programa SPSS versão 21.0 de forma descritiva. Resultados:
as manifestações bucais com maior
incidência foram saburra lingual, biofilme dentário, candidíase, devido a qualidade da higiene bucal prestada e a baixa imunidade. Os achados bucais e sistêmicos relacionados aos pacientes com maior tempo de internação foram ressecamento labial, queilite
angular, língua despapilada, candidíase e pneumonia. Todos os profissionais responsáveis pela higienização bucal dos pacientes tinham formação técnica em enfermagem e desconheciam alterações importantes como biofilme dentário e pneumonia nosocomial.
Conclusão:
os dados deste estudo permitem concluir que apesar da constância com que é realizada a higienização bucal, verifica-se alta frequência de lesões bucais nos pacientes críticos da UTI. Evidenciando o papel da assistência da higienização bucal de
qualidade, destacando a importância da atuação do cirurgião dentista em equipes multiprofissionais, visto que o risco de focos infecciosos bucais pode contribuir para o agravo e piora do quadro clínico dos pacientes.
Introduction:
during the stay in Intensive Care Units (ICUs), hospitalized patients are more vulnerable to changes in the oral cavity resulting from the use of artificial respiration equipment and the immunocompromised state in which they are found. Objective:
to
identify the main oral manifestations in patients admitted to an ICU, as well as to verify the knowledge of professionals responsible for oral hygiene. Methodology:
this is a descriptive quantitative study with cross-sectional design. Data were obtained from the patient’s
medical records and through an intraoral clinical examination. For professionals responsible for oral hygiene, a questionnaire was used. The analyses were performed in the SPSS version 21.0 program in a descriptive way. Results:
the oral manifestations with the highest
incidence were tongue coating, dental biofilm, candidiasis, due to the quality of oral hygiene provided and low immunity. Oral and systemic findings related to patients with longer hospital stays were lip dryness, angular cheilitis, depapilated tongue, candidiasis and
pneumonia. All professionals responsible for oral hygiene of patients had technical training in nursing and were unaware of important alterations such as dental biofilm and nosocomial pneumonia. Conclusion:
the data from this study allow us to conclude that despite
the constancy with which oral hygiene is performed, there is a high frequency of oral lesions in critical ICU patients. Evidencing the role of quality oral hygiene assistance, highlighting the importance of the dentist’s role in multidisciplinary teams, since the risk of
oral infectious foci can contribute to the aggravation and worsening of the clinical condition of patients.