Rev. Fac. Odontol. Porto Alegre (Online); 62 (1), 2021
Publication year: 2021
Objetivo:
Identificar a magnitude da associação entre experiência de cárie dentária e autopercepção negativa de saúde bucal com determinantes socioeconômicos. Métodos:
Estudo transversal realizado com dados de uma coorte prospectiva com os universitários ingressantes na Universidade Federal de Pelotas (UFPel) no ano de 2016. Os dados foram coletados por meio de questionário autoaplicável, incluindo características demográficas, socioeconômicas e psicossociais. Os desfechos do presente estudo foram a experiência de cárie autorrelatada (histórico de doença cárie) e autopercepção de saúde bucal (positiva versus negativa). Resultados:
Um total de 3.237 alunos ingressou, dos quais 2.089 (64,5%) concordaram em participar do estudo. O modelo de regressão de Poisson mostrou que universitários com renda familiar de R$ 1001,00 a 5000,00 e R$ 5001,00 ou mais apresentaram, respectivamente, uma razão de prevalência (RP) 14% (RP = 0,86; IC95% 0,80-0,92) e 18% (RP = 0,82; IC95% 0,74 a 0,90) menor de experiência de cárie, assim como indivíduos cujas mães tinham ensino médio completo apresentaram uma prevalência 14% menor (RP = 0,86; IC95% 0,80 a 0,92) e ensino superior completo 19% (RP = 0,81; IC95% 0,75 a 0,87) menor de experiência de cárie, quando comparados aos grupos de referência. Na autopercepção de saúde bucal, os resultados para renda familiar de R$1001 a 5000,00 e R$ 5001 ou mais apresentaram, respectivamente, uma prevalência 23% (RP = 0,77; IC95% 0,64 a 0,91) e 43% (RP = 0,57; IC95% 0,45 a 0,72) menor de ter autopercepção de saúde bucal negativa e indivíduos cujas mães tinham ensino superior completo reportaram uma prevalência 21% menor de autopercepção de saúde bucal negativa quando comparados à referência (RP = 0,79; IC95% 0,66 a 0,97). Conclusões:
Os achados do presente estudo confirmam que os indicadores socioeconômicos influenciam a experiência de cárie autorrelatada e a autopercepção de saúde bucal dos universitários.
Objective:
To identify the magnitude of the association between dental caries experience and negative self-per-ception of oral health with socioeconomic determinants. Methods:
Cross-sectional study conducted with data from a prospective cohort with university students entering the Federal University of Pelotas (UFPel) in 2016. Data were collected through a self-administered questionnaire, including demographic, socioeconomic and psychosocial characteristics. The outcomes of the present study were experience of self-reported caries (history of caries disease) and self-perceived oral health (positive versus negative). Results:
A total of 3,237 students joined, of which 2,089 (64.5%) agreed to participate in the study. The Poisson regression model known that university students with an income of R$ 1001 to 5000.00 and R$ 5001 or more primary, respectively, a prevalence ratio (PR) 14% (PR = 0,86; 95%CI 0,80-0,92) and 18% (PR = 0,82; 95%CI 0,74 a 0,90) lower of caries experience, as well as individualizing mothers had completed high school prevalence a 14% (PR = 0,86; 95%CI 0,80 a 0,92) lower prevalence and complete higher education 19% (PR = 0,81; 95%CI 0,75 a 0,87) less caries experi-ence when compared to reference groups. In the self-perception of oral health, the results for income of R$ 1001 to 5000.00 and R$ 5001 or more dissipated, respectively, a 23% (PR = 0,77; 95%CI 0,64 a 0,91) and 43% (PR = 0,57; 95%CI 0,45 a 0,72) lower prevalence of having negative self-perception of oral health and qualified originating from complete higher education reported a 23% lower prevalence of negative self-perceived oral health when compared to the reference (PR = 0,79; 95%CI 0,66 a 0,97). Conclusions:
The findings of the present study confirm that socioeconomic indicators influence the experience of caries and self-perceived oral health among university students