Electroconvulsive therapy for treating patients with agitation and related behavioral disorders due to dementia: a systematic review
Eletroconvulsoterapia no tratamento de pacientes com agitação e outros distúrbios de comportamento devido à demência: uma revisão sistemática

Dement. neuropsychol; 17 (), 2023
Publication year: 2023

ABSTRACT Behavioral disturbances are clinically relevant in patients with dementia, and pharmacological regimens to mitigate these symptoms have provided limited results. Proven to be effective in several psychiatric conditions, electroconvulsive therapy is a potentially beneficial strategy for treating severe agitation due to dementia.

Objective:

This review aimed to examine the publications on the efficacy, safety and tolerability of electroconvulsive therapy in treating patients with agitation due to dementia.

Methods:

We performed a systematic analysis on the electroconvulsive therapy to treat patients with dementia and coexisting severe agitation. Articles were classified according to the level of evidence based on methodological design. Patients received an acute course of electroconvulsive therapy, often followed by maintenance intervention.

Results:

We selected 19 studies (156 patients; 64.1% women; 51-98 years old), which met the inclusion criteria: one case-control study by chart analysis (level of evidence 2); one open-label study (level of evidence 3); three historical/retrospective chart analyses (level of evidence 4); and 14 case series/reports (level of evidence 5). No randomized, sham-controlled clinical trials (level of evidence 1) were identified, which represents the main methodological weakness. Some patients had postictal delirium, cardiovascular decompensation and cognitive changes, lasting for a short time.

Conclusions:

Overall, patients achieved significant improvement in agitation. However, the main finding of the present review was the absence of methodological design based on randomized and sham-controlled clinical trials. Despite methodological limitations and side effects requiring attention, electroconvulsive therapy was considered a safe and effective treatment of patients with severe agitation and related behavioral disorders due to dementia.
RESUMO Distúrbios comportamentais são clinicamente relevantes em pacientes com demência, e regimes farmacológicos para mitigar esses sintomas têm proporcionado resultados limitados. Comprovadamente eficaz em diversas condições psiquiátricas, a eletroconvulsoterapia é uma estratégia potencialmente benéfica para o tratamento de pacientes com agitação grave na demência.

Objetivos:

Esta revisão examina as publicações sobre eficácia, segurança e tolerabilidade da eletroconvulsoterapia no tratamento de pacientes com agitação na demência.

Métodos:

Realizamos uma análise sistemática da eletroconvulsoterapia no tratamento de pacientes com demência e agitação grave. Os artigos foram classificados quanto ao nível de evidência com base no delineamento metodológico. Os pacientes receberam um curso agudo de eletroconvulsoterapia, frequentemente seguido de manutenção.

Resultados:

Foram selecionados 19 estudos (156 pacientes; 64,1% mulheres; 51-98 anos): um estudo caso-controle desenvolvido com base na análise de prontuários (nível de evidência 2); um estudo aberto (nível de evidência 3); três estudos de análise retrospectiva de prontuários (nível de evidência 4); e 14 séries/relatos de casos (nível de evidência 5). Não foram identificados ensaios clínicos randomizados e controlados com placebo (nível de evidência 1), fator que representa a principal fragilidade metodológica. No entanto, o principal achado da presente revisão consistiu na ausência de desenho metodológico baseado em ensaios clínicos randomizados e controlados com placebo. Em geral, os efeitos colaterais foram transitórios e bem tolerados. Alguns pacientes apresentaram delirium pós-ictal, descompensação cardiovascular e alterações cognitivas por períodos breves.

Conclusões:

No geral, os pacientes obtiveram melhora significativa na agitação. No entanto, o principal achado da presente revisão foi a ausência de delineamento metodológico baseado em ensaios clínicos randomizados e controlados com placebo. Apesar das limitações metodológicas e dos efeitos adversos, a eletroconvulsoterapia foi considerada um tratamento seguro e eficaz em pacientes com agitação grave e com outros distúrbios comportamentais clinicamente relevantes na demência.

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