Child Fractures: Are We Getting More Surgical?
Fraturas na criança: Estamos ficando mais cirúrgicos?

Rev. Bras. Ortop. (Online); 58 (2), 2023
Publication year: 2023

Abstract Historically, surgeries on the immature skeleton were reserved for open or articular fractures. In recent years, the improvement in the quality and safety of anesthesia, new imaging equipment, implants designed especially for pediatric fractures, associated with the possibility of shorter hospitalization time and rapid return to social life has demonstrated a new tendency to evaluate and treat fractures in children.

The purpose of this update article is to answer the following questions:

(1) Are we really turning more surgical in addressing fractures in children? (2) If this is true, is this surgical conduct based on scientific evidence? In fact, in recent decades, the medical literature demonstrates articles that support better evolution of fractures in children with surgical treatment. In the upper limbs, this is very evident in the systematization of the reduction and percutaneous fixation of supracondylar fractures of the humerus and fractures of the forearm bones. In the lower limbs, the same occurs with diaphyseal fractures of the femur and tibia. However, there are gaps in the literature. The available published studies show low scientific evidence. Thus, it can be inferred that, even though the surgical approach is more present, the treatment of pediatric fractures should always be individualized and conducted according to the knowledge and experience of the professional physician, taking into account the presence of technological resources available for the care of the small patient. All possibilities, non-surgical and/or surgical, should be included, always instituting actions based on science and in agreement with the family's wishes.
Resumo Historicamente, as cirurgias no esqueleto imaturo eram reservadas às fraturas expostas ou articulares. Nos últimos anos, a melhora na qualidade e segurança das anestesias, novos equipamentos de imagem, implantes desenhados especialmente para fraturas pediátricas, associados à possibilidade de menor tempo de hospitalização e rápido retorno ao convívio social vêm demonstrando uma nova tendência de avaliar e tratar fraturas na criança.

O objetivo deste artigo de atualização é responder às seguintes questões:

(1) estamos realmente ficando mais cirúrgicos na abordagem das fraturas em crianças? (2) Caso isto seja verdadeiro, esta conduta cirúrgica está baseada em evidências científicas? De fato, nas últimas décadas, a literatura médica demonstra artigos que suportam melhor evolução das fraturas na criança com o tratamento cirúrgico. Nos membros superiores, isto fica muito evidente na sistematização da redução e fixação percutânea das fraturas supracondilianas do úmero e das fraturas de ossos do antebraço. Nos membros inferiores, o mesmo ocorre com fraturas diafisárias do fêmur e tíbia. No entanto, há lacunas na literatura. Os estudos publicados são geralmente com baixa evidência científica. Assim, pode-se deduzir que, mesmo sendo a abordagem cirúrgica mais presente, o tratamento de fraturas pediátricas deve ser sempre individualizado e conduzido de acordo com o conhecimento e experiência do médico profissional, levando em conta a presença de recursos tecnológicos disponíveis para o atendimento do pequeno paciente. Deve-se incluir todas as possibilidades, não cirúrgicas e/ou cirúrgicas, sempre instituindo ações baseadas na ciência e em concordância com os anseios da família.

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