Rev. Bras. Cancerol. (Online); 68 (4), 2022
Publication year: 2022
Introdução:
Os avanços no tratamento relacionado ao câncer onco-hematológico têm resultado em um crescente número de pacientes submetidos ao transplante de células tronco-hematopoiéticas (TCTH) com êxito terapêutico, o que exige maior atenção com a qualidade de vida (QV) dos sobreviventes. Objetivo:
Identificar a QV dos sobreviventes onco-hematológicos submetidos ao TCTH. Método:
Revisão integrativa, entre 2011 a 2021, com busca nas bases de dados LILACS, MEDLINE, IBECS, SciELO e Biblioteca Cochrane. Utilizou-se a estratégia SPIDER para responder às questões norteadoras; e o nível de evidência foi classificado segundo o Instituto Joanna Briggs. Resultados:
Vinte e seis artigos foram incluídos. Os instrumentos mais utilizados para medir a QV foram o Quality of Life Questionnare – Core 30 e o Functional Assessment Cancer Therapy-Bone Marrow Transplantation. Variáveis biopsicossociais, educacionais e clínicas, como comorbidades, antecedentes, condições epidemiológicas e tipo de condicionamento não influenciaram significativamente a QV dos sobreviventes onco-hematológico submetidos ao TCTH. A QV apresentou comprometimento na vigência de problemas físicos crônicos, reinternações, encargos financeiros, doença do enxerto contra o hospedeiro, fadiga, sintomas psicológicos, infecções recorrentes, disfunções no funcionamento sexual e fértil, neoplasias secundárias e sintomas físicos como dor e distúrbios do sono. Conclusão:
O sobrevivente do TCTH mantém demandas de cuidados biopsicossociais que influenciam negativamente a QV, evidenciando a necessidade de cuidado multidimensional
Introduction:
Advances onco-hematological cancer-related treatment have resulted in an increasing number of patients undergoing Hematopoietic Stem Cell Transplantation (HSCT) with therapeutic success, which requires more attention to the quality-of-life (QoL) of survivors. Objective:
To identify the QoL of onco-hematologic survivors undergoing HSCT. Method:
Integrative review, from 2011 to 2021 with search in the databases LILACS, MEDLINE, IBECS, SciELO and the Cochrane Library. The SPIDER strategy was used to answer the guiding questions; and the level of evidence was classified according to the Joanna Briggs Institute. Results:
Twenty-six articles were included. The most used instruments to measure QoL were Quality of Life Questionnaire – Core 30 and Functional Assessment Cancer Therapy-Bone Marrow Transplantation. Biopsychosocial, educational and clinical variables, such as comorbidities, history, epidemiological conditions and type of conditioning did not significantly influence the QoL of oncohematological survivors undergoing HSCT. Quality-of-life was impaired by chronic physical problems, readmissions, financial burdens, graftversus-host disease, fatigue, psychological symptoms, recurrent infections, dysfunctions in sexual and fertile functioning, secondary neoplasms and physical symptoms such as pain and sleep disorders. Conclusion:
The HSCT survivor has continuous demands for biopsychosocial care which negatively impact the QoL and require multidimensional attention
Introducción:
Los avances en el tratamiento relacionado con el cáncer oncohematológico han dado como resultado un número creciente de pacientes sometidos a trasplante de células progenitoras hematopoyéticas (TPH) con éxito terapéutico, lo que requiere una mayor atención a la calidad de vida (CV) de los sobrevivientes. Objetivo:
Identificar la CV de sobrevivientes oncohematológicos sometidos a TPH. Método:
Revisión integradora, entre 2011 y 2021 con búsqueda en las bases de datos LILACS, MEDLINE, IBECS, SciELO y Cochrane Library. Se utilizó la estrategia SPIDER para responder las preguntas orientadoras; y el nivel de evidencia se clasificó según el Instituto Joanna Briggs. Resultados:
Se incluyeron veintiséis artículos. Los instrumentos más utilizados para medir la CV fueron Quality of Life Questionnare – Core 30 y Functional Assessment Cancer Therapy-Bone Marrow Transplantation. Variables biopsicosociales, educativas y clínicas, como comorbilidades, antecedentes, condiciones epidemiológicas y tipo de condicionamiento no influyeron significativamente en la CV de los sobrevivientes oncohematológicos sometidos a TPH. La calidad de vida se vio afectada en presencia de:
problemas físicos crónicos, reingresos, cargas financieras, enfermedad de injerto contra huésped, fatiga, síntomas psicológicos, infecciones recurrentes, disfunciones en el funcionamiento sexual y fértil, neoplasias secundarias y síntomas físicos como dolor y trastornos del sueño. Conclusión:
El sobreviviente del TPH mantiene demandas de atención biopsicosocial que influyen negativamente en la CV, evidenciando la necesidad de atención multidimensional