Arq. Asma, Alerg. Imunol; 6 (3), 2022
Publication year: 2022
Introdução:
Rinite alérgica em lactentes é uma condição negligenciada, principalmente pelo seu diagnóstico desafiador. Objetivo:
O presente estudo propõe identificar os métodos de investigação usados para o diagnóstico de rinite alérgica em lactentes. Método:
Dois examinadores, de forma independente, realizaram busca sistemática da literatura, de abril a agosto de 2020, utilizando quatro bases de dados: Scopus, PubMed/ MEDLINE, SciELO e LILACS. Foram usadas as seguintes palavras-chaves: rinite alérgica, diagnóstico e lactente. Foram pesquisados estudos originais na língua inglesa e espanhola, com crianças de 0 a 2 anos de idade, sem distinção de data de publicação. Resultados:
Em análise crítica dos cinco estudos selecionados, percebeu-se grande heterogeneidade de definição de rinite alérgica em crianças menores de dois anos. Não foram encontrados estudos que estabeleceram um teste índice e o padrão ouro e não houve comparação entre os métodos diagnósticos disponíveis. A variabilidade e a inespecificidade de sintomas clínicos de rinite alérgica em lactentes, associadas ao fato de que a sensibilização a aeroalérgenos não tem necessariamente significado clínico, representam uma dificuldade para o correto diagnóstico de rinite alérgica em crianças pequenas. Conclusão:
Para o diagnóstico de rinite alérgica em lactentes, é fundamental que o médico assistente realize cuidadosa anamnese e exame físico, além de testes para detectar sensibilização alérgica com correta interpretação do resultado e correlação com a história clínica e exame físico do paciente.
Background:
Allergic rhinitis has been neglected in infants, mainly because the diagnosis is challenging. Objective:
To identify the methods used to diagnose allergic rhinitis in infants. Methods:
From April to August 2020, 2 independent reviewers systematically searched Scopus, PubMed/MEDLINE, SciELO, and LILACS databases using the following keywords: allergic rhinitis, diagnosis, and infant. The search considered original studies in English or Spanish involving children aged 0 to 2 years, regardless of publication date. Results:
A critical analysis of the 5 included studies showed great heterogeneity in the definition of allergic rhinitis in children under 2 years of age. No studies were found that established an index test or gold standard, and there was no comparison between the available diagnostic methods. Because the clinical symptoms of allergic rhinitis in infants are variable and nonspecific and sensitization to aeroallergens is not necessarily clinically significant, making an accurate diagnosis of allergic rhinitis remains difficult in young children. Conclusion:
Careful medical history and physical examination by the attending physician are essential for the diagnosis of allergic rhinitis in infants, as are the tests to be used for the detection of allergic sensitization, whose results should be correctly interpreted and correlated with the patient’s medical history and physical examination.