Racial differences in prostate cancer prevalence
Análise da prevalência de câncer de próstata entre as diversas etnias

Braz. j. urol; 28 (3), 2002
Publication year: 2002

Objetivo:

Analisar descritivamente as diferenças etnicas na prevalência de câncer de próstata no Brasil.

Materiais e métodos:

Entre 1922 e 1997, 1773 homens foram submetidos a toque retal (TR), dosagem de PSA e questionário padrão (AUA-IPSS). Foram classificados etnicamente em amarelos (45 casos), brancos (1180 casos) e negróides (210 casos). Em 347 homens não foi possível definir a etnia. Os pacientes foram orientados a submeter-se a biópsia de próstata quando o PSA e/ou o TR estivessem alterados. Avaliou-se também o estádio clínico e escore de Gleason na ocasião do diagnóstico, sendo que as etnias foram comparadas quanto à prevalência de câncer.

Resultados:

Foram feitas 346 biópsias e diagnosticados 51 tumores (14,7 porcento de positividade nas biópsias). Dos tumores, 4 (7,8 porcento) apresentavam PSA normal, 16 (31,4 porcento) PSA entre 4,1 ng/ml e 10 ng/ml e 31 (60,8 porcento), PSA>10 ng/ml. A prevalência de câncer em brancos foi de 2,4 porcento e em negróides de 5,5 porcento (p<0,05). A média de idade para brancos foi de 62,3 ± 0,4 anos e para negróides 62,4 ± 0,7 anos (p>0,05). O PSA mediano para brancos foi 3 ng/ml e para negróides 3,3 ng/ml (p>0,05). Os negróides apresentaram maior prevalência de TR alterado (18,9 porcento versus 11,7 porcento, p<0,05). A instrução mediana de brancos foi 3 e a de negróides 2 (p<0,05). A prevalência de tumores clinicamente localizados foi de 61,3 porcento.

Conclusões:

A prevalência de câncer de próstata em negróides é maior do que em brancos (5,5 porcento versus 2,4 porcento). O PSA mediano foi similar em ambas etnias. Os negróides apresentaram maior prevalência de toque retal alterado (18,9 porcento versus 11,7 porcento).

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