A cidade do anônimo: experimentações éticas
The city of anonymity: ethical experimentations
La ciudad del anónimo: experimentaciones éticas
Psicol. rev. (Belo Horizonte); 26 (1), 2020
Publication year: 2020
Deseja-se, nesta escrita, pensar o poder da máscara e do anonimato como formas de experimentação ética e política. Para tanto, é preciso se permitir contagiar pela intensidade dos paradoxos das lutas sociais que hoje habitam as ruas da cidade contemporânea. Ensaia-se, neste artigo, a tentativa de fazer do anônimo uma ferramenta conceitual que forneça o oxigênio necessário para continuarmos atentos às barbáries da atualidade, distanciando-nos da dinâmica de uma subjetividade privatizada, assim como das amarras de um coletivo identitário. Os autores consultados no texto formulam a hipótese na qual o anônimo seria uma modalidade de resistência. Qual resistência? Qual seria a aposta ética presente no anonimato? Esses exercícios e experimentações apontam para conclusões abertas que visam a ampliar e tornar mais complexa a capilaridade da violência de Estado, assim como as inesgotáveis formas de combatê-la.
This article intends to explore the subjects of masks and anonymity as possible ways to engage in ethical and political experimentations. For that matter it is important to let ourselves be affected by the intensity of paradoxes that inhabit the citys streets and social struggles associated with them. The essay treats anonymity as a conceptual tool that could bring fresh thinking and air to the constant vigil against modern oppression, keeping us away from a private subjectivity as well from the constraints found in identitarian collectives.
The investigation puts anonymity in the realm of resistance:
which kind of resistance? What forms of expression could put it in relation to politics and ethics? Those questions are put into open perspectives that could help address the problems of State violence and the various ways to fight it.
Lo que se intenta con esta escrita es pensar el poder de una máscara y del anonimato como maneras de experimentación ética y política. Para eso es necesario permitir un contagio por la intensidad de las paradojas presentes en las luchas sociales que habitan las calles de la ciudad contemporánea. Intentamos pensar el anónimo como herramienta conceptual que pueda proveernos de aire y fuerza para seguirnos atentos a las barbaries de la actualidad, alejándonos de una subjetividad privatizada y de las restricciones de un colectivo identitario. Los autores utilizados formulan la hipótesis de que el anónimo sería una modalidad de resistencia. ¿Cuál resistencia? ¿Cuál sería la apuesta ética presente en el anonimato? Estos ejercicios y experimentaciones llevan a conclusiones abiertas que pueden ampliar y hacer más compleja la capilaridad de la violencia de Estado y las maneras de enfrentarla.