Relação entre a condição bucal de gestantes internadas e desfechos adversos na gestação
Relationship between the oral condition of hospitalized pregnant women and adverse pregnancy outcomes

RFO UPF; 28 (1), 2023
Publication year: 2023

Objetivo:

avaliar se a condição bucal favoreceu a presença de desfechos adversos da gestação (DAG) em mulheres internadas e acompanhadas em um hospital escola.

Métodos:

um estudo de coorte retrospectiva com mulheres grávidas que foram internadas entre setembro de 2019 e início de março de 2020 e que continuaram o acompanhamento obstétrico.

Resultados:

Das 65 gestantes que seguiram acompanhamento, 27 (41,5%) dos bebês nasceram pré-termo e 20 (30,8%) com baixo peso, sendo que as duas condições estavam presentes em 15 crianças (23,1%), sendo significantemente relacionadas com a menor semana gestacional na internação. Ao relacionar diferentes fatores com o desfecho pré-termo, houve diferença significante em gestantes com a ocupação “do lar” e com o tempo de internação igual ou maior que 10 dias e com a presença de baixo peso ao nascer. Não foi observada relação dos dados avaliados da condição bucal das gestantes na internação com o parto pré-termo.

Conclusões:

Gestantes que necessitam de internação hospitalar durante a gravidez, independente da condição bucal, aumentam a possibilidade de apresentarem DAG, sendo fundamental a realização do correto acompanhamento pré-natal.(AU)

Objective:

to assess whether the oral condition favored the presence of adverse effects during pregnancy in pregnant women hospitalized and followed up at a teaching hospital.

Methods:

a retrospective cohort study with mothers who were hospitalized during pregnancy between September 2019 and early March 2020 and who continued obstetric follow-up.

Results:

83 pregnant women were interviewed and 65 were followed up Of the 65 pregnant women who followed up, 27 (41.5%) of the babies were born preterm and 20 (30.8%) with low birth weight, and both conditions were present in 15 children (23.1%), being significantly related to the shortest gestational week at admission. When relating different factors with the preterm outcome, there was a significant difference in pregnant women with the occupation "housewife" and with the length of hospital stay equal to or greater than 10 days and with the presence of low birth weight. There was no relationship between the evaluated data on the oral condition of pregnant women during hospitalization and preterm delivery.

Conclusions:

Pregnant women who require hospitalization during pregnancy, regardless of oral condition, increase the possibility of having negative pregnancy outcomes, and correct prenatal care is essential. (AU)

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