RFO UPF; 28 (1), 2023
Publication year: 2023
O objetivo do presente estudo foi identificar a concordância entre agravos bucais autorreferidos durante e após a COVID-19 e condições clínicas de pacientes do município de Palhoça-SC.
Materiais e Método:
Estudo exploratório, transversal de base quantitativa descritiva com 30 participantes que possuíram testagem positiva para COVID-19 no município de Palhoça-SC. Cada paciente participou de uma avaliação clínica, identificando os agravos bucais, nessa mesma oportunidade, foram registrados dados sociodemográficos e condições bucais autorreferidas. Todas as análises foram conduzidas pelo Software Stata® versão 13. Análises descritivas, inferenciais pelo teste de Qui-quadrado de Pearson (α=5%). Concordância entre presença dos agravos bucais autorreferidos e presença do agravo avaliado clinicamente, pelo coeficiente Kappa e classificadas como: fraca 0 a 0,20; razoável 0,41 a 0,60; boa 0,61 a 0,80; muito boa 0,81 a 0,92; e excelente 0,93 a 1,00. Resultados:
A maioria da amostra foram de mulheres (70%), com idade entre 36-59 anos (56,6%) e de baixa renda (70%). Houve concordância boa entre presença de cárie e relato de dor (Kappa=0,70), e para o diagnóstico clínico de sangramento gengival e autopercepção ruim/péssima a classificação também foi boa (Kappa=0,72). Todavia, a concordância entre o relato de sintomas de boca seca e baixo fluxo salivar foi considerada razoável (Kappa=0,57), assim como, para a presença de bolsa periodontal e o relato de autopercepção ruim/péssima (Kappa=0,41). Conclusão:
A autopercepção das condições de saúde bucal durante a pandemia foi concordante com determinadas condições clínicas que necessitam de atendimento odontológico, corrobando com as preocupações sobre o agravamento das condições bucais durante a pandemia.(AU)
Aim:
To identify the concordance between self-reported oral health problems during and after COVID-19 and clinical conditions of patients in the city of Palhoça-SC. Materials and Method:
Exploratory, cross-sectional study with a descriptive quantitative base, formatted by 30 patients who tested positive for COVID-19 in the municipality of Palhoça-SC. Each patient participated in a clinical evaluation, identifying oral health problems. At the same time, sociodemographic data and self-reported oral conditions were recorded. All analyzes were performed using the Stata® Software, version 13. Descriptive and inferential analyzes were performed using Pearson's chi-square test (α=5%). Agreement between the presence of self-reported oral health problems and the presence of the clinically evaluated disease, by the Kappa coefficient and classified as: weak 0 to 0.20; take 0.21 to 0.40; reasonable 0.41 to 0.60; good 0.61 to 0.80; very good 0.81 to 0.92; and excellent 0.93 to 1.00. Results:
Most of the sample were women (70%), aged between 36-59 years (56.6%) and low-income (70%). There was good agreement between the presence of caries and reported pain (Kappa=0.70), and for the clinical diagnosis of gingival bleeding and bad/very poor self-perception, the classification was also good (Kappa=0.72). However, the agreement between the report of symptoms of dry mouth and low salivary flow was considered reasonable (Kappa=0.57), as well as the presence of periodontal pockets and the report of poor/terrible self-perception (Kappa=0.41). Conclusion:
The self-perception of oral health conditions during the pandemic was consistent with certain clinical conditions that require dental care, corroborating concerns about the worsening of oral conditions during the pandemic.(AU)