Pork-cat syndrome as cause of anaphylactic reaction to well-cooked meat
Síndrome gato-porco como causa de reação anafilática à carne cozida

Arq. Asma, Alerg. Imunol; 7 (1), 2023
Publication year: 2023

Pork-cat syndrome is a rare clinical syndrome that can cause lifethreatening reactions. Occuring in patients allergic to cat dander, it involves cross-reactivity between cat and pig serum albumin. Cat allergy usually precedes food allergies, suggesting primary sensitization to cat serum albumin. Since these proteins are thermolabile, the reaction tends to be more severe in undercooked meat. A 27-year-old woman with persistent moderate-to-severe rhinoconjunctivitis since childhood reported 2 immediate mucocutaneous reactions after eating small amounts of pork. Skin prick tests with commercial extracts showed sensitization to pork, and prick-to-prick tests confirmed sensitization to raw pork and raw beef. Specific IgE was positive for pork, and ISAC microarray also showed sensitization to Fel d 2. SDS-PAGE and IgE immunoblotting assays were performed with raw and cooked pork extract and detected in a 60 kDa band. In the immunoblotting-inhibition assays, cat serum albumin completely inhibited IgE binding to pork extract. The patient underwent 2 oral food challenges with well-cooked pork and beef, both causing an anaphylactic reaction. The patient’s history and in-vivo and in-vitro tests led to a diagnosis of pork-cat syndrome with clinical cross-reactivity to another mammalian serum albumin. This case should stimulate oral food challenges with other well-cooked mammalian meats in patients with this syndrome to establish a tolerance threshold and avoid possible unexpected anaphylactic reactions.
A síndrome gato-porco é rara e ocorre em doentes alérgicos ao pêlo de gato, envolvendo reatividade cruzada entre as albuminas séricas (AS) de gato e de porco. Normalmente, a doença respiratória a pêlo de gato precede a alergia alimentar, sugerindo uma sensibilização primária à albumina sérica de gato. Uma vez que estas proteínas são termolábeis, as reações tendem a ser mais graves com carnes menos cozidas. Mulher de 27 anos com rinoconjuntivite persistente moderada a grave desde a infância que refere duas reações imediatas mucocutâneas após ingestão de pequenas quantidades de carne de porco. Os testes cutâneos por picada com extratos comerciais mostraram sensibilização à carne de porco e os testes prick-to-prick confirmaram sensibilização à carne de porco e de vaca cruas. A IgE específica (sIgE) foi positiva para carne de porco, e o ensaio ISAC mostrou sensibilização a Fel d 2. Foram realizados ensaios de immunoblotting SDS-PAGE IgE com extratos de carne de porco crua e cozidas que detectaram uma banda de 60 kDA. Nos ensaios de inibição por immunoblotting a albumina sérica de gato produziu uma inibição total da ligação da IgE ao extrato de carne de porco. A doente realizou duas provas de provocação oral com carne de porco e de vaca cozidas, ambas positivas com desenvolvimento de reação anafilática. A história clínica, os testes in-vivo e in-vitro levaram ao diagnóstico de síndrome gato-porco com reatividade cruzada clínica a outras albuminas séricas de mamíferos. A síndrome gato-porco é rara e pode causar reações fatais. Este caso frisa a importância da realização de provas de provocação oral com outras carnes de mamíferos bem cozidas em doentes com esta síndrome, de forma a estabelecer um limiar de tolerância e evitar possíveis reações anafiláticas inesperadas.

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