Mejor nutrición no significa necesariamente más comida”: educación alimentaria y fomento agrícola en Argentina (1960-1970)
Better nutrition does not necessarily mean more food”: food education and agricultural promotion in Argentina (1960–1970)
Melhor nutrição não significa necessariamente mais comida”: educação alimentar e promoção agrícola na Argentina (1960-1970)

Rev. cienc. salud (Bogotá); 21 (2), 2023
Publication year: 2023

Introducción:

el artículo analiza los lineamientos en educación alimentaria y de fomento agrícola que circularon en la Revista Educador Sanitario, publicación oficial de la repartición nacional de educación sanitaria de Argentina durante la década de 1960.

Desarrollo:

el trabajo explora las adaptaciones discursivas de los sanitaristas argentinos a las directrices internacionales de desarrollo para promover la campaña mundial contra el “hambre oculta”, definida como aquellos patrones culturales alimentarios de baja calidad nutricional. Luego, examina las prescripciones dietéticas para las familias populares que pretendían estimular como hábitos, calidad, variedad y austeridad. Por último, revisa las tensiones y las contradicciones inmanentes a las referencias eruditas en torno al fomento agrícola y a las reglas del libre comercio, al evidenciar las inequidades alimentarias y la falta de infraestructura federal para lograr la ansiada modernización agroalimentaria.

Conclusiones:

el discurso de los desarrollistas sobre alimentación nutritiva apropiadas por la revista fueron funcionales al clima de proscripción peronista. Los consejos dietéticos y en economía doméstica apuntaron a sustituir el consumo cárnico por otras fuentes proteicas, como legumbres y lácteos, y los hidratos de carbono simples, por complejos, como las hortalizas. No obstante, sus vinculaciones con el fomento a las agroeconomías de subsistencia refutaron la pre- valencia del “hambre oculta” como problema alimentario en Argentina, pues, en sintonía con los parámetros internacionales, de esta manera se propiciaría una dinámica de redistribución alimenticia, capaz de reponer las vacancias del mercado interno y de estimular las exportaciones netas al prevenir la erosión de los saldos exportables

Introduction:

This article analyzes the guidelines on food education and agricultural promotion that circulated in the Revista Educador Sanitario, the official publication of the national health education department of Argentina during the 1960s.

Development:

The study explores the discursive adaptations by Argentinean sanitarians to the international development guidelines toward promoting the global campaign against “hidden hunger,” which referred to the cultural eating patterns of low nutritional quality food. Then, the study examines the dietary prescriptions for popular families that were intended to stimulate quality, variety, and austerity as healthy habits. Finally, it reviews the tensions and contradictions immanent in the scholarly references to agricultural promotion and free trade rules, highlighting food inequities and the lack of infrastructure at the federal level to successfully achieve the desired agri-food modern- ization.

Conclusions:

The developmentalist disourse on nutritious food appropriated by the Revista were found to be functional to the climate of peronist prescription. Dietary and home economics suggestions attempted to substitute meat consumption for other protein sources such as legumes and dairy products and that of simple carbohydrates for complex ones such as vegetables. However, their links with the promotion of subsistence agro-economies refuted the prevalence of “hidden hunger” as a food problem in Argentina. In line with the international parameters, this approach would promote a dynamic of food redistribution to replenish the gaps in the domestic market and stimulate net exports by preventing the erosion of exportable balances.

Introdução:

o artigo analisa as orientações sobre educação alimentar e promoção agrícola que circularam na Revista Educador Sanitário, publicação oficial do departamento nacional de educação sanitária da Argentina durante a década de 1960.

Desenvolvimento:

o trabalho explora as adaptações discursivas que foram feitas por sanitaristas argentinos às diretrizes de desenvolvimento internacional para promover a campanha global contra a “fome oculta”, definida como aqueles padrões alimentares culturais de baixa qualidade nutricional. Em seguida, examina as prescrições alimentares para famílias populares que visavam estimular a qualidade, a variedade e a austeridade como hábitos. Por fim, revisa as tensões e contradições inerentes aos referenciais acadêmicos sobre desenvolvimento agrícola e regras de livre comércio, evidenciando as iniquidades alimentares e a falta de infraestrutura no nível federal para alcançar a tão esperada modernização agroalimentar.

Conclusões:

os discursos desenvolvimentistas sobre alimentação nutritiva apropriados pela Revista foram funcionais ao clima de proscrição pero- nista. Aconselhamento dietético e de economia doméstica visando a substituição do consumo de carne por outras fontes de proteína, como leguminosas e laticínios; e carboidratos simples para os complexos, como vegetais. No entanto, seus vínculos com a promoção de agroeconomias de subsistência refutaram a prevalência da “fome oculta” como problema alimentar na Argentina. Pois bem, em sintonia com os parâmetros internacionais, isso promoveria uma dinâmica de redistribuição de alimentos, capaz de repor as vagas no mercado interno e estimular as exportações líquidas ao evitar a erosão dos saldos exportáveis

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