Fisioterapia nas Disfunções Miccionais em Mulheres Tratadas de Cânceres Pélvicos: Revisão Sistemática da Literatura
Physiotherapy in Voiding Dysfunctions in Women Treated for Pelvic Cancers: Literature Systematic Review
Fisioterapia en las Disfunciones Miccionales en Mujeres Tratadas por Cánceres Pélvicos: Revisión Sistemática de la Literatura

Rev. Bras. Cancerol. (Online); 69 (2), 2023
Publication year: 2023

und|Introdução: Os tratamentos cirúrgicos ou adjuvantes dos cânceres ginecológicos podem desencadear sequelas, entre elas, as disfunções miccionais: incontinência urinária, retenção urinária e bexiga hiperativa. A primeira linha de tratamento dessas disfunções consiste em tratamentos conservadores, incluindo a fisioterapia, o que torna importante revisar a literatura vigente sobre o tema.

Objetivo:

Revisar na literatura a atuação do fisioterapeuta nas disfunções miccionais em mulheres tratadas de cânceres pélvicos.

Método:

Revisão sistemática, com estratégias de busca nas bases de dados PubMed, Embase e Cochrane, utilizando a ferramenta PICO: P – mulheres tratadas de cânceres pélvicos, I – fisioterapia ou eletroterapia, C – “nenhum/não se aplica”, e O – disfunções pélvicas.

Resultados:

Foram encontrados 93 estudos. Destes, selecionaram-se sete para leitura do texto completo e extração de dados. Dos três artigos que abordam o manejo da incontinência urinária, todos utilizaram o treinamento da musculatura do assoalho pélvico como pelo menos um dos procedimentos fisioterapêuticos, tendo metodologia semelhante. Dos quatro artigos que abordam a retenção urinária, em dois, houve utilização de estimulação elétrica transcutânea e, nos outros dois, treinamento funcional da musculatura do assoalho pélvico. Os estudos mostraram uma melhora dos sintomas relacionados à incontinência e retenção urinária, no entanto, a qualidade metodológica de alguns estudos foi baixa.

Conclusão:

A fisioterapia é um tratamento promissor no manejo de disfunções miccionais no pós-tratamento de cânceres pélvicos. Todavia, a evidência atual deve ser vista com parcimônia em razão da qualidade metodológica dos estudos

Introduction:

Surgical or adjuvant treatments of gynecological cancers may cause various sequelae, and, among them, urination disorders: urinary incontinence, retention and overactive bladder. The first line of treatment for voiding disorders consists in conservative treatments, including physiotherapy, therefore, it is important to review the current literature on the theme.

Objective:

To review the literature on physiotherapeutic treatments for urination disorders in women who have been treated of genital neoplasms.

Method:

A systematic review has been conducted with specific search strategies applied in the databases PubMed, Embase and Cochrane, utilizing the PICO strategy: P – women who have been treated for their genital neoplasms, I – physiotherapy or electrotherapy, C – “none/ doesn’t apply”, and O – pelvic dysfunctions.

Results:

93 studies were found. Of these, seven were selected for full text reading and data extraction. Of the three studies that discuss how to deal with UI, all utilized pelvic floor exercises with at least one of the physiotherapy procedures with similar methodology. Four studies discussed urinary retention and two of them utilized transcutaneous electrical stimulation and the other two, functional pelvic floor training. The studies showed a betterment of the symptoms related to urinary incontinence and retention; however, the methodological quality of a few studies was low.

Conclusion:

Physiotherapy is a promising form of treatment for urination disorders post-female genital neoplasm treatment. Nevertheless, current evidence must be seen cautiously due to the methodological quality of the studies

Introducción:

Los tratamientos quirúrgicos o adyuvantes de los cánceres ginecológicos pueden desencadenar secuelas, entre ellas trastornos de la micción: incontinencia, retención urinaria y vejiga hiperactiva. La primera línea de tratamiento de los trastornos de la micción consiste en tratamientos conservadores, incluida la fisioterapia, por lo que es importante revisar la literatura actual sobre el tema.

Objetivo:

Revisar en la literatura la actuación del fisioterapeuta en las disfunciones miccionales en mujeres tratadas por cáncer pélvico.

Método:

Revisión sistemática, con estrategias de búsqueda en PubMed, Embase y Cochrane, utilizando la estrategia PICO: P – mujeres tratadas por cáncer pélvico, I – fisioterapia o electroterapia, C – “ninguna/ no aplicable”, y O – disfunciones pélvicas.

Resultados:

Se encontraron 93 estudios. De ellos, se seleccionaron siete para la lectura del texto completo y la extracción de datos. De los tres que abordan el manejo de la IU, todos utilizaron el entrenamiento muscular del piso pélvico como al menos uno de los procedimientos fisioterapéuticos, utilizando una metodología similar. De los cuatro artículos que abordan la retención urinaria, dos utilizaron estimulación eléctrica transcutánea y dos utilizaron entrenamiento funcional del piso pélvico. Los estudios mostraron mejoría en los síntomas relacionados con la incontinencia y la retención urinaria, sin embargo, la calidad metodológica de algunos estudios fue baja.

Conclusión:

La fisioterapia es un tratamiento prometedor en el manejo de la disfunción miccional después del tratamiento del cáncer pélvico. No obstante, la evidencia actual debe verse con parsimonia debido a la calidad metodológica de los estudios

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