Femina; 51 (7), 2023
Publication year: 2023
Objetivo:
Analisar a tendência temporal de nascimentos prematuros no estado
de Santa Catarina entre 2011 e 2021. Métodos:
Estudo observacional ecológico de
tendência temporal realizado com informações do banco de dados do Sistema
de Informação sobre Nascidos Vivos do estado de Santa Catarina (2011-2021), disponibilizado
pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica. Foram analisados todos
os nascidos vivos prematuros segundo o ano de processamento e o local de residência
em Santa Catarina (110.422). Foram incluídos os nascidos vivos de gestação
com menos de 37 semanas completas. As taxas de nascimentos prematuros foram
calculadas proporcionalmente à totalidade de nascimentos e calculadas segundo
macrorregião, idade materna, número de consultas do pré-natal, instrução materna
e cor de pele. Para o cálculo da tendência temporal, foi utilizada a regressão
linear simples, com intervalo de confiança de 95% (p ≤ 0,05). Resultados:
A taxa
média de nascimentos prematuros no estado de Santa Catarina foi de 10,57%, com
tendência estável (p < 0,001). Maiores taxas específicas foram encontradas nas macrorregiões
Meio Oeste e Serra e Planalto Norte e Nordeste (11,46%), extremos de
idade (10-14 anos e 45-64 anos) e menor escolaridade. Maior número de consultas
de pré-natal apresentou taxa de prematuridade menor (7,69%). Tendências crescentes
das taxas foram apenas encontradas na macrorregião Grande Oeste, faixa
etária materna entre 40-44 anos e entre 4-6 consultas de pré-natal. Conclusão:
A
tendência da taxa de prematuridade manteve-se estável em Santa Catarina. Baixo
número de consultas de pré-natal, extremos de idades e baixa escolaridade mostraram
taxas maiores de prematuridade. (AU)
Objective:
Analyzing the temporal trend of premature births in the state of Santa
Catarina between 2011 and 2021. Methods:
Observational ecological temporal trend
study carried out with information from the database of the Information System on
Live Births in the state of Santa Catarina (2011-2021), made available by the Epidemiological
Surveillance Directorate. All premature live births were analyzed according to
the year of processing and place of residence in Santa Catarina (110,422). Live births
of less than 37 completed weeks were included. The rates of premature births were
calculated in proportion to the total number of births and calculated according to
macro-region, maternal age, number of prenatal consultations, maternal education
and skin color. Simple linear regression was used to calculate the temporal trend,
with a confidence interval of 95% (p ≤ 0.05). Results:
The average rate of premature births in the state of Santa Catarina was 10.57%, with a stable
trend (p < 0.001). Higher specific rates were found in the Midwest
and Serra, North Plateau and Northeast macro-regions
(11.46%), age extremes (10-14 years and 45-64 years) and lower
schooling. A greater number of prenatal consultations had a
lower prematurity rate (7.69%). Increasing trends in rates were
only found in the Grande Oeste macro-region, maternal age
group between 40-44 years and between 4-6 prenatal consultations.
Conclusion:
The prematurity rate trend remained stable
in Santa Catarina. Low number of prenatal consultations,
extremes of age and low education showed higher rates of
prematurity. (AU)