Acesso a informações sobre saúde na internet e possíveis implicações na relação médico-paciente
Access to health information on the internet and possible implications for the physician-patient relationship
Acceso a la información de salud en internet y posibles implicaciones para la relación médico-paciente

J. Health NPEPS; 8 (1), 2023
Publication year: 2023

Objetivo:

avaliar o uso da internet pelo paciente no acesso a informações sobre saúde e possíveis implicações na relação médico-paciente.

Método:

estudo descritivo, transversal e quantitativo, realizado entre abril e maio de 2022, em Anápolis, Goiás. Utilizou-se questionário validado sobre o uso da internet. Aplicou-se o teste G para associação do uso da internet em relação ao sexo e a faixa etária, com nível de significância de 5% (p<0,05).

Resultados:

entre 109 pacientes prevaleceu o sexo feminino (80,7%), 18 a 59 anos (83,5%) e ensino médio completo (42,2%). A maioria fica entre 2 e 4 horas por dia na internet (68,0%; p=0,992) e já pesquisou informações de saúde na internet (84,4%; p=0,095), especialmente sobre medicamentos (86,2%; p=0,940). Ambos os sexos usam a internet para uma segunda opinião sobre o diagnóstico médico (homens - 52,4%; mulheres - 68,2%; p=0,185), mas não discutem com os médicos suas pesquisas realizadas na internet (homens – 57,1%; mulheres - 86,4%; p=0,005).

Conclusão:

a internet vem sendo utilizada com bastante frequência para acesso à informação sobre saúde pelos pacientes, porém estes não discutem suas descobertas com o profissional, o que tende a fragilizar a relação médico-paciente.

Objective:

to evaluate the use of the internet by patients to access health information and the possible implications for the physician-patient relationship.

Method:

descriptive, cross-sectional and quantitative study carried out in April and May 2022 in Anápolis, Goiás. A validated questionnaire on internet use was used in the study. The G test was applied to associate internet use with sex and age group, with a significance level of 5% (p<0.05).

Results:

among the 109 patients, there was a prevalence of females (80.7%), aged 18 to 59 years (83.5%), with complete high school (42.2%). Most spend between two and four hours a day on the Internet (68.0%; p=0.992) and had already searched for health information on the Internet (84.4%; p=0.095), especially about medications (86.2%; p=0.940). Participants of sexes used the internet for a second opinion on the medical diagnosis (men - 52.4%; women - 68.2%; p=0.185), but did not discuss their searches carried out on the internet with the doctors (men - 57, 1%; women - 86.4%; p=0.005).

Conclusion:

the Internet has been used quite frequently by patients to access health information, but they do not discuss their findings with professionals, which tends to weaken the doctor-patient relationship.

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