Factors associated with vertical transmission of syphilis in a city in the State of São Paulo
Fatores associados à transmissão vertical de sífilis em um município do Estado de São Paulo
Factores asociados a transmisión vertical de sífilis en una ciudad del Estado de São Paulo

Rev. epidemiol. controle infecç; 13 (2), 2023
Publication year: 2023

Background and Objectives:

Syphilis is a sexually transmitted infection with low-cost and accessible treatment; however, it is considered a public health problem. Further studies are needed to improve knowledge about the factors that may contribute to the mother-to-child transmission of syphilis. Given its high detection rate in pregnant women and the possible adverse events of syphilis in Brazil, the objective was to evaluate the association of individual and clinical characteristics of syphilis with the incidence of congenital syphilis in pregnant women.

Methods:

This retrospective study was performed in a medium-size municipality in the State of São Paulo. Notification forms from the Notifiable Diseases Information System were used and the occurrence of congenital syphilis was the outcome of the study. Bivariate analyses and logistic regression were performed with variables that obtained p values <0.25.

Results:

Most pregnant women were 20-34 years old (62.2%) and had white skin (63.2%) and incomplete elementary schooling (35.4%). The occurrence of congenital syphilis was associated with the maternal syphilis diagnosis (p<0,001) and with not performing the treponemal test during the prenatal examination (p =0.014). There was a greater risk for the occurrence of congenital syphilis in cases with late diagnosis during pregnancy (OR=16.48; 95%CI 3.22-84.26) and tertiary/latent clinical classification (OR=7.62; 95%CI 1.40-41.54).

Conclusion:

Maternal diagnosis in the third trimester of pregnancy and tertiary/latent clinical classification were the main risk factors for the occurrence of congenital syphilis, reinforcing the importance of a quality prenatal examination performed timely.(AU)

Justificativa e Objetivos:

A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível, com tratamento de baixo custo e acessível; porém, ela é considerada um problema de saúde pública. Para aprimorar o conhecimento sobre os fatores que podem contribuir para transmissão vertical da sífilis, mais estudos são necessários. Diante da elevada taxa de detecção em gestantes e dos possíveis eventos adversos da sífilis no Brasil, o objetivo foi avaliar a associação das características individuais e clínicas de sífilis com a incidência de sífilis congênita em gestantes.

Métodos:

Este estudo retrospectivo foi realizado em um município de médio porte no Estado de São Paulo. Foram usadas as fichas de notificação do Sistema de Informação de Agravos de Notificação e o desfecho do estudo foi a ocorrência de sífilis congênita. Foram realizadas análises bivariadas e regressão logística com as variáveis que obtiveram valores de p<0,25.

Resultados:

As maioria das gestantes tinha 20-34 anos (62,2%), era branca (63,2%), com escolaridade fundamental incompleta (35,4%). A ocorrência de sífilis congênita esteve associada ao diagnóstico de sífilis materno no terceiro trimestre de gestação (p<0,001) e com a não realização de teste treponêmico durante o pré-natal (p=0,014). Houve maior risco para a ocorrência de sífilis congênita os casos com diagnóstico tardio na gestação (OR=16,48; IC95% 3,22-84,26) e classificação clínica terciária/latente (OR=7,62; IC95% 1,40-41,54).

Conclusão:

Os principais fatores de risco para ocorrência de sífilis congênita foram o diagnóstico materno no terceiro trimestre de gestação e classificação clínica terciária/latente, reforçando a importância de um exame pré-natal de qualidade e em tempo oportuno.(AU)

Justificación y objetivos:

La sífilis es una Infección de Transmisión Sexual con tratamiento accesible y de bajo coste, sin embargo, es considerada un problema de salud pública. Se necesitan más estudios para mejorar el conocimiento sobre los factores que pueden contribuir a la transmisión maternoinfantil de la sífilis. Dada su alta tasa de detección en gestantes y los posibles eventos adversos de la sífilis en Brasil, el objetivo fue evaluar la asociación de las características individuales y clínicas de la sífilis con la incidencia de sífilis congénita en gestantes.

Métodos:

Estudio retrospectivo realizado en una ciudad de mediano porte del Estado de São Paulo. Fueran utilizados formularios de notificación obligatoria del Sistema de Información de Enfermedades de Declaración Obligatoria y el desenlance fue la ocurrencia de sífilis congénita. Se realizaron análisis bivariados y regresión logística con las variables que obtuvieron p-value<0,25.

Resultados:

La mayoría de las mujeres embarazadas tenían entre 20 y 34 años (62,2%), eran blancas (63,2%), con instrucción primaria incompleta (35,4%). La aparición de sífilis congénita se asoció con el diagnóstico de sífilis materna en el tercer trimestre del embarazo (p<0,001) y con la no realización de prueba treponémica durante el prenatal (p=0,014). Hubo un mayor riesgo de sífilis congénita en los casos diagnosticados tardíamente en el embarazo (OR=16,48; IC95% 3,22-84,26) y clasificación clínica terciaria/latente (OR=7,62; IC95% 1,40-41,54).

Conclusiones:

Los principales factores de riesgo de aparición de sífilis congénita fueron el diagnóstico materno en el tercer trimestre de gestación y la clasificación clínica terciaria/tardía, lo que refuerza la importancia de una atención prenatal de calidad y oportuna.(AU)

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