Amniotic Sludge and Prematurity: Systematic Review and Meta-analysis
Sludge amniótico e prematuridade: revisão sistemática e metanálise
Rev. bras. ginecol. obstet; 45 (8), 2023
Publication year: 2023
Abstract Objective To perform a systematic review and meta-analysis of studies on maternal, fetal, and neonatal outcomes of women with singleton pregnancies, after spontaneous conception, and with the diagnosis of amniotic sludge before 37 weeks of gestational age. Data Sources We conducted a search on the PubMed, Cochrane, Bireme, and Theses databases until June 2022. Selection of Studies Using the keywords intra-amniotic sludge or fluid sludge or echogenic particles, we found 263 articles, 132 of which were duplicates, and 70 were discarded because they did not meet the inclusion criteria. Data Collection The articles retrieved were analyzed by 2 reviewers; 61 were selected for full-text analysis, 18 were included for a qualitative analysis, and 14, for a quantitative analysis. Data Synthesis Among the maternal outcomes analyzed, there was an increased risk of preterm labor (95% confidence interval [95%CI]: 1.45-2.03), premature rupture of ovular membranes (95%CI: 1.99-3.79), and clinical (95%CI: 1.41-6.19) and histological chorioamnionitis (95%CI: 1.75-3.12). Regarding the fetal outcomes, there was a significant increase in the risk of morbidity (95%CI: 1.80-3.17), mortality (95%CI: 1.14-18.57), admission to the Neonatal Intensive Care Unit (NICU; 95%CI: 1.17-1.95), and neonatal sepsis (95%CI: 2.29-7.55). Conclusion The results of the present study indicate that the presence of amniotic sludge is a risk marker for preterm delivery. Despite the heterogeneity of the studies analyzed, even in patients with other risk factors for prematurity, such as short cervix and previous preterm delivery, the presence of amniotic sludge increases the risk of premature labor. Moreover, antibiotic therapy seems to be a treatment for amniotic sludge, and it may prolong pregnancy.
Resumo Objetivo Realizar revisão sistemática e metanálise de estudos que avaliaram os desfechos maternos, fetais e neonatais em gestantes de gravidez única, após concepção espontânea, e com o diagnóstico de sludge amniótico antes de 37 semanas de idade gestacional. Fontes dos dados Realizou-se uma pesquisa nas bases de dados PubMed, Cochrane, Bireme e Teses até junho de 2022. Seleção dos estudos Usando as palavras-chave intra-amniotic sludge ou fluid sludge ou echogenic particles, foram encontrados 263 artigos, 132 dos quais eram duplicatas, e 70 foram descartados por não corresponderem aos critérios de inclusão. Coleta de dados Os artigos encontrados foram analisados por 2 revisores; 61 foram selecionados para análise de texto completo, 18 foram incluídos em uma análise qualitativa e 14, em uma análise quantitativa. Síntese dos dados Entre os desfechos maternos analisados, houve aumento do risco de trabalho de parto prematuro (intervalo de confiança de 95% [IC95%]: 1.45-2.03), rotura prematura de membranas ovulares (IC95%: 1.99-3.79), e corioamnionite clínica (IC95%: 1.41-6.19) e histológica (IC95%: 1.75-3.12). Em relação aos desfechos fetais, houve aumento significativo do risco de morbidade (IC95%: 1.80-3.17), mortalidade (IC95%: 1.14-18.57), admissão em Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) neonatal (IC95%: 1.17-1.95) e sepse neonatal (IC95%: 2.29-7.55). Conclusão Os resultados do presente estudo indicam que a presença de sludge amniótico é um marcador de risco para parto prematuro. Apesar da heterogeneidade dos estudos analisados, até mesmo em pacientes com outros fatores de risco para prematuridade, como colo curto e trabalho de parto prematuro anterior, a presença de sludge amniótico aumenta o risco de trabalho de parto prematuro na gestação. Além do mais, a antibioticoterapia parece ser um tratamento para o sludge amniótico, e pode ser capaz de prolongar a gravidez.