A fluoretaçao de águas tem sido objeto de exaustivos estudos na odontologia, sendo considerada como um dos mais eficazes métodos no combate à cárie dentária. Face a possibilidade de fluoretaçao do sal na regiao Nordeste, o mapeamento geográfico das áreas com fluoretaçao natural de águas assume um aspecto regional importante do ponto de vista de Sáude Pública. No Estado da Paraíba, a fluoretaçao artificial de águas foi iniciada na cidade de Alagoinha em 1979; atualmente cerca de 16 localidades possuem água fluoretada, sendo 13 delas com teores naturais de fluoretos acima de 0.6 mg/l. Os mais recentes estudos desenvolvidos no agreste paraibano, comprovam a existência de baixos índices de cárie tanto em áreas de fluoretaçao artificial como nas cidades com teores residuais de fluoretos. Uma outra conseqüência odontológica, a fluorose dentária (excesso de flúor nos dentes), foi observada em 12 por cento da populaçao infantil das cidades de Itabaiana e Salgado de Sao Félix (fluoreto natural). No Estado da Paraíba, encontra-se fluoretos em águas profundas e de superfície a exemplo do rio Taperoá e parte do rio Paraíba. A presença de fluoretos no rio Paraíba é provocada possivelmente pelas ocorrências de fluorita (fluoreto de cálcio) da regiao da Borborema (Santa Luiza/Salgadinho). A comprovaçao científica de fatos como este só vem referendar a necessidade de pesquisas "geo-odontológicas" que possibilitem determinar o padrao epidemiológico da cárie e fluorose dentária nas diferentes microrregiao do Estado da Paraíba.