O corpo adolescente e suas singulares vias do dizer
The adolescent body and its unique ways of saying

Mental (Barbacena, Impr.); 15 (27), 2023
Publication year: 2023

This article intends to discuss the specificities of adolescence, especially the issues that touch the body as a way of expression. The psychoanalytic clinic with adolescents has pointed out the contemporary forms of suffering and subjectivation, with the body becoming a crucial condition for the expression of the current malaise. In the face of the Other of adolescence, which is shown to be insufficient, unlike the Other that the child had as consistent, the teenager is faced with the Real. From this encounter, the teenager is faced with feelings of anguish and the nameless, making the condition of existence fragile. Linked to the physiological changes resulting from puberty, causing a pulsional excess that invades and takes them out of their speech, the adolescent finds in the body a favorable and unique field of inscription. This body of helplessness starts to be used as a means of expression and possible translation in the composition of the social bond. The psychoanalytic clinic, in view of the above, thinks about spaces for this body, with a view to saying that it is possible in the discursive construction.

Keywords:

Adolescence. Body. Psychoanalysis.
Este artigo pretende discutir as especificidades da adolescência, principalmente as questões que tangenciam o corpo como via de expressão. A clínica psicanalítica com adolescentes tem apontado as formas contemporâneas de sofrimento e subjetivação, tendo o corpo se tornado crucial condição de expressão do mal-estar vigente. Diante do Outro da adolescência, que se mostra como insuficiente, diferentemente do Outro que a criança tinha como consistente, o adolescente se depara com o Real. A partir desse encontro, o adolescente se vê frente a sentimentos de angústia e do inominado, tornado frágil a condição de existência. Atrelado às mudanças fisiológicas advindas da puberdade, causando um excesso pulsional que invade e lhe tira do discurso, o adolescente encontra no corpo um campo propício e singular de inscrição. Esse corpo do desamparo passa a ser utilizado enquanto via de expressão e tradução possível na composição do laço social. A clínica psicanalítica, ante o exposto, pensa sobre espaços para esse corpo, com vistas ao dizer que se faz possível na construção discursiva.

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