DST j. bras. doenças sex. transm; 35 (), 2023
Publication year: 2023
Introduction:
Children living with HIV/AIDS require specialized care. Objective:
To describe clinical and epidemiological characteristics of patients living with HIV/AIDS. Methods:
Observational, descriptive study using medical records data of patients with HIV/AIDS under 14 years of age. Approved by the institution’s Ethics Committee under number 1,432,517. Results:
60 cases were included; the median follow-up duration was 6.8 years; 50.0% were male; 88.3% were white; 75.0% were from the capital and metropolitan region. Prenatal records were available for 51 cases, but only 44.6% received antiretroviral therapy (ART) during pregnancy (mean duration of 3.3 months). HIV diagnosis was based on clinical symptoms in 28.3% of the cases, occurring in similar proportions for both childhood common infections and opportunistic infections. According to the CDC clinical classification (1994), at the start of follow-up, 56.6% of patients had moderate or severe symptoms, which would be reduced to only 18.3% upon reclassification at the last visit (p=0.016). Initially, 41.7% showed evidence of immunosuppression, compared to 19.9% at the time of the study (p=0.5). Only 6.6% remained asymptomatic. A decrease in the average number of hospitalizations was observed during follow-up. Conclusion:
Among the cases diagnosed based on clinical symptoms, half were attributed to common childhood infections and lacked immunosuppression
Introdução:
Crianças que vivem com o vírus da imunodeficiência humana — HIV/AIDS requerem atendimento especializado. Objetivo:
Descrever características clínicas e epidemiológicas de pacientes que vivem com HIV/AIDS. Métodos:
Estudo observacional, descritivo, com dados de prontuários de pacientes com HIV/AIDS de até 14 anos de idade incompletos, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição sob o número 1.432.517. Resultados:
Foram incluídos 60 casos. A mediana de acompanhamento foi de 6,8 anos; 50,0% eram do sexo masculino; 88,3% brancos; 75,0% naturais da capital e região metropolitana. Em 51 prontuários havia descrição de pré-natal, porém apenas 44,6% fizeram uso de terapia antirretroviral (TARV) na gestação (tempo médio de 3,3 meses). Em 28,3% o HIV foi pesquisado por sintomas clínicos, que ocorreram em proporções similares tanto por infecções habituais da infância como por oportunistas. De acordo com a classificação clínica dos Centers for Disease Control and Prevention — CDC (1994), ao início do acompanhamento, 56,6% dos pacientes apresentavam sintomas moderados ou graves e, na última consulta, se fossem reclassificados, seriam apenas 18,3% (p=0,016). Incialmente, 41,7% apresentavam evidência de imunossupressão, comparativamente aos 19,9% na ocasião do estudo (p=0,5). Apenas 6,6% permaneceram assintomáticos. Com o acompanhamento, verificou-se diminuição na média do número de hospitalizações. Conclusão:
Dos casos que apresentaram seu diagnóstico por sintomas clínicos, metade foi por infecções habituais da infância e sem imunossupressão