Arch. pediatr. Urug; 94 (2), 2023
Publication year: 2023
Introducción:
el síndrome hemolítico urémico (SHU) es en muchos países, de las causas más frecuentes de insuficiencia renal aguda. La mayoría de los casos ocurre luego de un episodio de gastroenteritis aguda (GEA) por Escherichia coli productora de toxina Shiga (STEC). En Uruguay a pesar de ser una enfermedad de notificación obligatoria, existe subregistro. Objetivo:
describir dos casos clínicos de SHU asociados a GEA con nexo epidemiológico. Casos clínicos:
se trata de dos varones de 4 y 5 años, sanos. En los días previos, ingesta de carne en el mismo local comercial. Consultaron por dolor abdominal, deposiciones líquidas y vómitos reiterados. El niño de 4 años presentaba fiebre y deposiciones líquidas con sangre. El niño de 5 años dolor abdominal. El estado de hidratación y las constantes vitales eran normales en ambos. Fueron admitidos a cuidados moderados. A las 48 horas y a los 5 días, respectivamente, agregan palidez cutáneo-mucosa intensa, edemas y oliguria. Estudios complementarios:
anemia, plaquetopenia e insuficiencia renal. Ingresaron a cuidados intensivos y se realizó diálisis peritoneal. La investigación de STEC fue negativa y la evolución favorable. Conclusiones:
en menores de 5 años el SHU asociado a GEA es la forma de enfermedad más frecuente. En Uruguay predominan las cepas STEC no-O157. En estos casos no se pudo identificar el agente. La existencia de un nexo epidemiológico alerta sobre la necesidad de extremar los cuidados en la preparación y cocción de la carne. Debido a la asociación con una enfermedad prevalente, es necesario tener presente esta complicación para poder sospecharla e iniciar el tratamiento en forma precoz y oportuna.
Introduction:
hemolytic uremic syndrome (HUS) is one of the most frequent causes of acute renal failure in many countries. Most cases occur after an episode of acute gastroenteritis (GEA) due to the Shiga toxin producing Escherichia Soli (STEC). In Uruguay, despite being a disease that requires mandatory notification, it is under reported. Objective:
to describe two clinical cases of HUS associated with GEA with an epidemiological link. Clinical cases:
these are two healthy boys aged 4 and 5 years. In the previous days, they reported meat intake in the same commercial premises. They consulted for abdominal pain, liquid stools and repeated vomiting. The 4 year old boy had a fever and bloody stools. The 5 year old boy had abdominal pain. They both showed normal hydration levels and vital signs. They were admitted to moderate care. At 48 hours and 5 days, respectively, they showed intense skin and mucosal paleness, edema and oliguria. Complementary studies:
anemia, thrombocytopenia and renal failure. They were admitted to intensive care and peritoneal dialysis was performed. The STEC's investigation was negative and the evolution favorable. Conclusions:
in children under 5 years of age, HUS associated with GEA is the most frequent form of the disease. In Uruguay, non-O157 STEC strains predominate. In these cases, the agent could not be identified. The existence of an epidemiological link warns us about the need for extreme care in the preparation and cooking of meat. Due to the association with a prevalent disease, it is necessary to keep this complication in mind in order to suspect it and initiate early and timely treatment.
Introdução:
a síndrome hemolítico urêmica (SHU) é uma das causas mais frequentes de insuficiência renal aguda em muitos países. A maioria dos casos ocorre após um episódio de gastroenterite aguda (GEA) devido à Escherichia Coli, a toxina produtora de Shiga (STEC). No Uruguai, apesar de ser uma doença de notificação compulsória, há subnotificação. Objetivo:
descrever dois casos clínicos de SHU associada à AGE com vínculo epidemiológico. Casos clínicos:
dois meninos saudáveis com idades entre 4 e 5 anos. Nos dias anteriores, eles reportaram consumo de carne nos mesmos estabe- lecimentos comerciais. Eles consultaram para dor abdominal, fezes líquidas e vômitos repetidos. O menino de 4 anos teve febre e fezes com sangue. O menino de 5 anos teve dores abdominais. O estado de hidratação e os sinais vitais foram normais em ambos meninos. Foram internados em cuidados moderados. Às 48 horas e 5 dias, respectivamente, apresentaram aliás palidez intensa da pele e mucosas, edema e oligúria. Realizaramse estudos complementares:
anemia, trombocitopenia e insuficiência renal. Eles foram internados em terapia intensiva e realizouse diálise peritoneal. A investigação do STEC foi negativa e a evolução favorável. Conclusões:
em crianças menores de 5 anos, a SHU associada à GEA é a forma mais frequente da doença. No Uruguai, predominam cepas STEC não-O157. Nesses casos, o agente não pôde ser identificado. A existência de um nexo epidemiológico alerta para a necessidade de extremo cuidado no preparo e cozimento da carne. Devido à associação com doença prevalente, é necessário considerar essa complicação para suspeitar e iniciar o tratamento precoce e oportunamente.