Rev. Fac. Odontol. Porto Alegre; 64 (1), 2023
Publication year: 2023
Aim:
to analyze, between 2019-2021, the quantitative changes in dental emergencies (DE) in Brazil and its regions. Materials and Methods:
Data collected in the Primary Care Health Information System (SISAB) from 2019 to 2021. The DE represented by dentoalveolar abscess (DAA) and toothache (TA). 2019 was the control (non-pandemic), and 2020-21 the exposure year. Durbin-Conover's Friedman and Post-Hoc tests used a significance level of 5%. The data's organization used the percentage difference to facilitate analysis. Results:
For Brazil in 2021, the percentage difference with 2019 suggests that DAA (-2.16%, p=1.0) and TA (+14.94%, p=0.064) returned to values after fall of 2020. The South region, in 2020, had no decrease in DAA (-5.48%, p=0.436) and TA (+3.7%, p<0.001) in 2020, and an increase in both in 2021 (DAA: +26.86%, p<0.001; TA: +51.06%, p<0.001). Discussion:
In 2021, in Brazil, limited elective access and resumption of DAA and increase in TA suggest worsening the oral health and quality of life. The DAA and TA results in the South region do not provide plausible evidence to understand the unchanged values in 2020 and the considerable increase in 2021. Conclusion:
Regardless of the pandemic, elective access still struggles to offer universal acessing, equitable, and the need of investments are essentials to prevent public services from becoming just gateways for relieving pain and suffering.
Objetivo:
analisar, entre 2019-2021, as alterações quantitativas nas urgências odontológicas (UO) no Brasil e suas regiões. Materiais e Métodos:
Dados coletados no Sistema de Informação em Saúde da Atenção Básica (SISAB) no período de 2019 a 2021. A representação das UO foi pelo abscesso dento-alveolar (ADA) e dor de dente (DD). O ano de 2019 foi o ano de controle (não pandêmico) e 2020-21 os de exposição. Os testes Friedman e Post-Hoc de Durbin-Conover utilizaram nível de significância de 5%. Os dados foram organizados pela diferença percentual para facilitar a análise. Resultados:
Para o Brasil em 2021, a diferença percentual com 2019 sugerem que o ADA (-2,16%, p=1,0) e a DD (+14,94%, p=0,064) retomaram os valores, após a queda de 2020. A região Sul, em 2020, não teve queda em ADA (-5,48%, p=0,436) e DD (+3,7%, p<0,001) em 2020, e aumento em ambos em 2021 (ADA: +26,86%, p<0,001; DD: +51,06%, p<0,001). Discussão:
Em 2021, no Brasil, o limitado acesso eletivo e a retomada da ADA e aumento da DD sugerem piora na saúde bucal e na qualidade de vida. Os resultados de ADA e DD na região Sul não apresentam evidências plausíveis para compreender a inalteração de valores em 2020 e o considerável aumento em 2021. Conclusão:
Independentemente a pandemia, o acesso eletivo ainda luta para ser universal, equânime e os investimentos precisam ser retomados para evitar que os serviços públicos se tornem em apenas portas de entrada de alívio dor e sofrimento.