Rev. Fac. Odontol. Porto Alegre; 64 (1), 2023
Publication year: 2023
Aim:
to evaluate the cyclists’ profile and the frequency of dental trauma associated with cycling in a southern city in Brazil. Materials and Methods:
a questionnaire was applied to 234 cyclists with at least 18 years old. The variables of interests were:
sociodemographic data, data related to the profile of users, and data on the occurrence of all traumas and dental traumas. Descriptive and inferential statistical analyses were carried out (α=5%). Results:
The mean age of participants was 31.38 ± 11.6 years, ranging from 14 to 67 years. The majority of the participants were male (62.8%), had attended higher education (45.7%), and had incomes equivalent to 1 to 3 times the minimum wage (39.3%). The main reason given for riding a bicycle was leisure (35.9%). Users of their own bicycles had fewer items of mandatory safety equipment fitted to their bicycles than users of rented bicycles (Student’s t test, P<0.0001). However, study participants riding their own bicycles wore personal protective equipment more frequently than renters (Student’s t test, P<0.0001). Moreover, 33.7% of the respondents reported having suffered an accident, and 25% had traumatized some part of the body. Among those who reported traumas, 20% (4/20) had suffered traumas to hard dental tissues and supporting structures. Discussion:
Dental trauma was not frequent in a population predominantly from an urban area that uses bicycles, especially for leisure, despite the prevalence of accidents involving bicycle use. Conclusion:
Health education campaigns should emphasize the importance of personal protective equipment for cyclists and of safety items fitted to bicycles, whether cyclists’ own or rented.
Objetivo:
avaliar o perfil dos ciclistas e a frequência de traumatismo dentário associado ao ciclismo em uma cidade do sul do Brasil. Materiais e Métodos:
aplicou-se um questionário a 234 ciclistas com idade mínima de 18 anos. As variáveis de interesse foram: dados sociodemográficos, dados relacionados ao perfil dos usuários e dados sobre a ocorrência de todos os traumatismos e traumas dentários. Foram realizadas análises estatísticas descritivas e inferenciais (α=5%). Resultados:
A idade média dos participantes era de 31,38 ±11,6 anos, variando de 14 a 67 anos. A maioria dos participantes era do sexo masculino (62,8%), tinha curso superior (45,7%) e renda equivalente a 1 a 3 salários mínimos (39,3%). O principal motivo para andar de bicicleta foi lazer (35,9%). Usuários de suas próprias bicicletas tinham menos itens de equipamentos de segurança obrigatórios instalados do que os usuários de bicicletas alugadas (teste t de Student, P<0,0001). Porém, participantes do estudo que andavam em sua própria bicicleta usavam equipamentos de proteção individual mais frequentemente do que os locatários (teste t de Student, P<0,0001). Ainda, 33,7% dos entrevistados relataram ter sofrido algum acidente e 25% traumatizado alguma parte do corpo. Entre os que relataram traumatismos, 20% (4/20) sofreram traumas em tecidos duros dentais e estruturas de suporte. Discussão:
O traumatismo dentário não foi frequente em uma população predominantemente de área urbana que utiliza bicicletas, principalmente para lazer, apesar da prevalência de acidentes envolvendo o uso de bicicletas. Conclusão:
As campanhas de educação em saúde devem enfatizar a importância dos equipamentos de proteção individual dos ciclistas e dos itens de segurança instalados nas bicicletas, sejam elas próprias ou alugadas.