Discutir a utilização do modelo transteórico em intervenções nutricionais para aumentar o consumo de frutas e hortaliças entre os adolescentes. Foram realizadas pesquisas nas bases de dados SciELO, BIREME-Lilacs, Scopus e Medline-Pubmed pela combinação das palavras-chave ‘adolescente’, ‘modelo transteórico’, ‘fruta’ e ‘hortaliça’ e seus respectivos termos, nos idiomas inglês e português. Foram consideradas publicações desde a formação das bases de dados que atendessem ao tema proposto. Os critérios de elegibilidade foram incluir estudos com intervenções com adolescentes que utilizaram o modelo transteórico para aumentar o consumo de frutas e hortaliças e não foram elegíveis artigos que usaram o modelo transteórico para outros componentes alimentares. Foram encontrados 178 artigos, dos quais 57 foram excluídos por duplicidade, 74 descartados a partir dos títulos, 43 pelos resumos e um após a leitura do artigo na íntegra, sendo selecionados três artigos. Dois estudos elegíveis mostraram que após as intervenções baseadas no modelo transteórico, os adolescentes migraram dos estágios iniciais do comportamento alimentar para os estágios de preparação, ação e manutenção e como consequência, o aumento no consumo de frutas e hortaliças. O outro artigo não mostrou efeito na mudança do consumo destes alimentos, provavelmente devido ao tipo de intervenção realizada que não foi adequada. O modelo transteórico pode ser considerado um instrumento que favorece a mudança de comportamento alimentar, porém para que as intervenções sejam mais efetivas é importante que as ações propostas sejam específicas para cada estágio de mudança.