O consumo de substitutos de origem vegetal é nutricionalmente mais vantajoso que os produtos cárneos?
Is the consumption of plant origin substitutes nutritionally more advantageous than meat products?
Rev. Inst. Adolfo Lutz (Online); 82 (), 2023
Publication year: 2023
A busca por um padrão alimentar mais saudável, bem como fatores éticos e de sustentabilidade relacionados ao consumo de carne, vem fazendo com que a cada dia mais pessoas se tornem adeptas a dietas à base de plantas. Concomitantemente, com o aumento de adeptos a essas dietas, vem crescendo nos países ocidentais a oferta de alimentos industrializados de base vegetal, que tem como objetivo substituir os produtos cárneos. O presente estudo comparou os rótulos de produtos de origem animal (POA) e seus análogos de origem vegetais (POV) comercializados nas principais redes de supermercados da grande Vitória, Espírito Santo, e avaliou a contribuição nutricional deles ao consumidor. Foram avaliadas 80 embalagens de produtos, sendo 42 de POA e 38 POV. POV, quando comparados aos POA, não apresentaram diferenças (p > 0,05) quanto ao valor calórico, proteínas, gordura total, gordura saturada e sódio. Se sobressaindo apenas no maior teor de carboidratos e fibras e em não possuir gorduras trans em sua composição. Assim, conclui-se que, os POV possuem equivalência em alguns dos constituintes nutricionais analisados. Por isso, se não há restrições para o consumidor, seja por questões de saúde, cultura ou hábito, a substituição de POA por POV não se faz nutricionalmente tão superior. (AU)
The growing interest in healthier eating patterns, coupled with ethical and sustainability concerns about meat consumption, has led to a rise in the adoption of plant-based diets. In response to this trend, Western countries have witnessed a surge in the availability of plant-based processed foods aiming to replicate meat products. This study examines the labels of commercially available meat products (MPs) and their plant-based alternative (PbAs) found in major supermarket chains in greater Vitória, Espírito Santo, Brazil. It further evaluates their nutritional content and potential impact on consumer choice contribution to the consumer. Eighty product packages were assessed, comprising 42 MPs and 38 PbAs. Compared to MPs, PbAs showed no significant differences (p > 0,05) in caloric value, protein, total fat, saturated fat, or sodium. Notably, PbAs had higher carbohydrate and fiber content and no trans fats. Therefore, PbAs offer comparable levels of several analyzed nutrients. Consequently, in the absence of specific dietary restrictions (health, cultural, or habitual), substituting MPs with PbAs does not confer significant nutritional advantages. (AU)