Rev. Pesqui. Fisioter; 13 (1), 2023
Publication year: 2023
INTRODUÇÃO:
As evidências sobre a melhora da capacidade
funcional utilizando o Método Pilates não são contundentes. Uma
possibilidade de melhorar o efeito de uma sessão de Pilates sobre a
capacidade cardiorrespiratória de seus praticantes é utilizar a resistência
de fluxo inspiratório (RFI) de forma concomitante. Esse efeito pode ser
visualizado através da determinação do limiar glicêmico (LG), técnica
utilizada como marcador de intensidade do exercício. OBJETIVO:
Testar
a hipótese de que a utilização de RFI em uma sessão de pilates antecipa
o LG. MÉTODOS:
Estudo crossover de corte transversal. Foram avaliados
26 indivíduos de ambos os sexos, sendo 10 do sexo masculino, sadios e
com idade entre 20 e 40 anos. Os voluntários foram randomizados para
dois protocolos:
Protocolo RFI – 11 movimentos do Método Pilates com
RFI utilizando 20% da pressão inspiratória máxima; e Protocolo sem RFI
(SRFI) – 11 movimentos do Método Pilates sem RFI. Os dois protocolos
foram realizados no mesmo dia, sendo um pela manhã e outro à
tarde, conforme randomização feita por sorteio aleatório simples. No
repouso e ao final de cada movimento coletas de sangue capilar foram
realizadas para dosagem da glicemia e construção da curva glicêmica. O
LG foi determinado no menor ponto da curva. RESULTADOS:
O LG foi
antecipado no protocolo que utilizou RFI, ou seja, no protocolo com RFI
o LG foi visualizado no sexto exercício, enquanto no protocolo SRFI o LG
foi visualizado no nono exercício (p<0,05). CONCLUSÃO:
A RFI antecipou
o LG, o que sugere que a RFI aumenta a intensidade de uma sessão de
pilates. Isso aventa a hipótese de que a RFI pode proporcionar a médio
e longo prazo benefícios adicionais aos praticantes do Método Pilates.
INTRODUCTION:
The evidence on the improvement
of functional capacity using the Pilates Method is not conclusive.
One possibility to improve the effect of a Pilates session on the
cardiorespiratory capacity of its practitioners is to use the inspiratory
flow resistance (IFR) concomitantly. This effect can be visualized by
determining the glycemic threshold (GT), a technique used as an exercise
intensity marker. OBJECTIVE:
To test the hypothesis that the use of IFR
in a Pilates session anticipates GT. METHODS:
Cross-sectional crossover
study. A total of 26 individuals of both genders were evaluated, 10 of
whom were male, healthy, and aged between 20 and 40 years. The
volunteers were randomized to two protocols:
Protocol IFR - Eleven
movements of the Pilates method with IFR using 20% of the maximum
inspiratory pressure, and Protocol no IFR (NIFR) - Eleven movements of
the Pilates method without IFR. The two protocols were performed on the
same day, one in the morning and the other in the afternoon, according
to randomization by simple random draw. At rest and at the end of
each movement, capillary blood collections were performed to measure
blood glucose and construct the glycemic curve. GT was determined at
the smallest point on the curve. RESULTS:
The GT was anticipated in
the protocol that used IFR; that is, in the protocol with IFR, the GT was
visualized in the sixth exercise, while in the NIFR protocol, the GT was
visualized in the ninth exercise (p<0.05). CONCLUSION:
IFR anticipated
GT, which suggests that IFR increases the intensity of a Pilates session.
This suggests the hypothesis that IFR can provide additional medium and
long-term benefits to Pilates method practitioners.