Osteomielite maxilar associada ao COVID-19: mucormicose ou não? Uma série de casos
Maxillary osteomyelitis associated with COVID-19: mucormycosis or not? A series of cases

Braz. dent. sci; 27 (1), 2024
Publication year: 2024

Aim:

A series of cases have been presented involving the oral cavity focusing on the presentation, diagnosis and treatment of mucormycosis that can form a basis for successful therapy.

Background:

The management of severe coronavirus disease (COVID-19) in conjunction with comorbidities such as diabetes mellitus, hematological malignancies, organ transplants, and immunosuppression have led to a rise of mucormycosis which is an opportunistic infection.

Cases Description:

The various forms that have been enlisted till date are rhino-cerebral, rhino-orbital, gastrointestinal, cutaneous, and disseminated mucormycosis. From the dentistry and maxillofacial surgery perspective, the cases depicting extension of mucormycosis into the oral cavity have been less frequently recorded and thus, require a detailed study. The patients that reported to our private practice had non-tender swelling, draining sinuses and mobility of teeth. A similarity was observed in the clinical signs both in osteomyelitis and mucormycosis. Thus, a histopathological examination was used to establish the definitive diagnosis.

Conclusion:

Mucormycosis is a life threatening pathology that requires intervention by other branches to make an early diagnosis and commence the treatment. The characteristic ulceration or necrosis is often absent in the initial stage and thus, histopathological examination and radiographic assessment are required to formulate a definitive diagnosis. Early intervention is a necessity to avoid morbidity. The treatment involves surgical debridement of the necrotic infected tissue followed by systemic antifungal therapy. Mucormycosis has recently seen a spike in its prevalence, post the second-wave of coronavirus pandemic in India. It was seen commonly in patients with compromised immunity, diabetes mellitus, hematological malignancies, or on corticosteroid therapy. Mucormycosis invading the palate mostly via maxillary sinus has been less frequently described. In the post-COVID era the features associated with mucormycosis involving oral cavity, should warrant a possible differential diagnosis and managed appropriately. (AU)

Objetivo:

Apresentar uma série de casos com enfâse na apresentação, diagnóstico e tratamento da mucormicose oral, assim como uma revisão sistemática que sirva como base para estabelecimento de terapias de sucesso.

Introdução:

A forma severa da infecção por coronavirus (COVID-19) associada a diabetes mellitus, doenças hematológicas malignas, transplante de órgãos e imunossupressão levaram a um aumento das infecções oportunistas de mucormicose.

Descrição dos Casos:

As diversas apresentações clínicas que foram descritas até o momento são a rinocerebral, rino-orbital, gastrointestinal, cutânea e mucormicose disseminada. No que concerne a odontologia e a cirurgia maxillofacial, os casos que apresentam extensão de mucormicose para cavidade oral tem sido menos reportados e assim requerem mais estudos. Os pacientes que compareceram a nossa clínica apresentavam aumento de volume endurecido, drenagem de fluidos dos seios maxilares e mobilidade dentária. Clinicamente tanto a osteomielite quanto a mucormicose apresentaram-se de forma semelhante. Assim, análise histopatológica foi utilizada para estabelecimento do diagnóstico definitivo.

Conclusão:

A mucormicose é uma patologia grave que requer intervenção precoce para estabelecimento do tratamento. A ulceração e necrose características usualmente estão ausentes nos estágios iniciais da lesão, assim análise histopatológica e radiográfica são necessárias para o diagnóstico final. Intervenção precoce é necessária para diminuir a morbidade. O tratamento envolve o debridamento cirúrgico da área necrosada seguida de terapia antifúngica sistêmica. Recentemente, houve um aumento nos casos de mucormicose, após a Segunda onda da pandemia de COVID-19 na índia. Os casos acometiam principalmente pacientes imunocomprometidos, com diabetes mellitus, doenças hematológicas malignas e em uso de corticosteróides. A mucormicose invadindo o palato pelos seios maxilares foi raramente descrita. Na era pós-COVID a mucormicose envolvendo a cavidade oral deve entrar no painel de diagnósticos diferenciais para que o tratamento adequado possa ser instituído precocemente.(AU)

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