Para encantar, é preciso encantar-se: danças circulares na formação de professores
To enchant others, enchant yourself first: circle dancing and teacher training

Cad. CEDES; 30 (80), 2010
Publication year: 2010

A dança é uma forma ancestral de magia, invenção dos deuses que a ensinaram aos homens, diz-nos a mitologia hindu. Envolvido no mistério e movimento da dança, o dançarino pode encantar; porém, antes de tudo é preciso que encante a si mesmo. Não seria este também o caminho do professor? Fazer para si para poder fazer ou propor aos educandos, encantar-se para poder encantar; criar para poder seguir com as crianças a aventura da criação; ousar para poder encorajar? Nesta direção, a pergunta que percorre o presente artigo é assim formulada: como contribuir com o processo de encantamento dos professores, como alimentar a sensibilidade, nos percursos da formação universitária? Buscando respostas no processo de pesquisa, identifica-se na experiência com as danças circulares, tradição de diferentes povos, um profícuo caminho pelo qual aquele espaço de encantamento, de inteireza, de educação estética, igualmente, pode ser provocado.
According to Hindu mythology, dancing is an ancestral form of magic, an invention gods taught to mankind. Wrapped in the mystery and movement of dancing, dancers can enchant others, but they have to enchant themselves first. Should dancing teachers also follow this path? Doing things for themselves to be able to do or propose things to their pupils? Enchanting themselves to enchant others? Creating to help the children pursue the creative adventure? Daring to encourage? The questions that guide the present paper are: How can one contribute to the process of teachers' enchantment? How can one feed sensibility during continuing teacher education? Looking for answers in the research process, this paper sees in the circle dancing experience, a tradition shared by different peoples, a fruitful way to promote a space for enchantment, wholeness and aesthetic education.

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