Rev. saúde pública (Online); 57 (supl.2), 2023
Publication year: 2023
ABSTRACT OBJECTIVE:
To describe the frequency of behavioral problems and the internal consistency of the parent version of the Strengths and Difficulties Questionnaire (SDQ-P) in Amazonian preschool children during the covid-19 pandemic. METHODS:
Data from the Maternal and Child Health and Nutrition in Acre (MINA-Brazil) study, a population-based birth cohort in the Western Brazilian Amazon, were used. The SDQ-P was applied in 2021 at the five-year follow-up visit to parents or caregivers of 695 children (49.4% of which were girls). This instrument is a short behavioral screening questionnaire composed of 25 items reorganized into five subscales:
emotional symptoms, conduct problems, hyperactivity/inattention, peer relationship problems, and prosocial behavior. Cases of behavioral problems were defined according to the original SDQ cut-offs based on United Kingdom norms. Moreover, cut off points were estimated based on the SDQ-P percentile results of our study sample. Internal consistency was assessed by calculating Cronbach's alpha coefficient and McDonald's omega for each scale. RESULTS:
According to the cut-offs based on our studied population distribution, 10% of all children had high or very high total difficulty scores, whereas it was almost twice when the original SDQ cut-offs based on United Kingdom norms, were applied (18%). Differences were also observed in the other scales. Compared to girls, boys showed higher means of externalizing problem and lower means of prosocial behavior. The five-factor model showed a moderate internal consistency of the items for all scales (0.60 ≤ α ≤ 0.40), except for total difficulty scores, which it considered substantial (α > 0.61). CONCLUSIONS:
Our results support the usefulness of SDQ in our study population and reinforce the need for strategies and policy development for mental health care in early life in the Amazon.
RESUMO OBJETIVO:
Descrever a frequência de problemas de comportamento e a consistência interna da versão para os pais do Questionário de Capacidades e Dificuldades (SDQ-P) em crianças pré-escolares da Amazônia durante a pandemia de covid-19. MÉTODOS:
Foram utilizados dados do estudo de saúde e nutrição Materno-Infantil no Acre (MINA-Brasil), uma coorte de nascimentos de base populacional na Amazônia Ocidental Brasileira. O SDQ-P foi aplicado aos pais e cuidadores em 2021 na visita de acompanhamento de cinco anos de 695 crianças (49,4% das quais eram meninas). Esse instrumento é um breve questionário de rastreamento comportamental composto por 25 itens reorganizados em cinco subescalas:
sintomas emocionais, problemas de conduta, hiperatividade/desatenção, problemas de relacionamento com colegas e comportamento pró-social. Os casos de problemas de comportamento foram definidos de acordo com os pontos de corte originais do SDQ, baseados nas normas do Reino Unido. Além disso, os pontos de corte foram estimados com base nos percentis dos resultados do SDQ-P da amostra do nosso estudo. A consistência interna foi avaliada pelo cálculo do coeficiente alfa de Cronbach e ômega de McDonald para cada escala. RESULTADOS:
De acordo com os pontos de corte baseados na distribuição da população estudada, 10% de todas as crianças apresentaram escores totais de dificuldade elevados ou muito elevados, o que quase dobrou quando os pontos de corte originais do SDQ, baseados nas normas do Reino Unido, foram utilizados (18%). Este estudo também encontrou diferenças nas demais escalas. Comparados às meninas, os meninos apresentaram maiores médias de problemas de externalização e menores médias de comportamento pró-social. O modelo de cinco fatores apresentou consistência interna dos itens moderada para todas as escalas (0,60 ≤ α ≤ 0,40), exceto para a escala de pontuação total de dificuldades, a qual foi considerada substancial (α > 0,61). CONCLUSÕES:
Nossos resultados apoiam a utilidade do SDQ em nossa população de estudo e reforçam a necessidade de estratégias e desenvolvimento de políticas para o cuidado em saúde mental no início da vida na Amazônia.