Medicina (Ribeirao Preto, Online); 56 (4), 2023
Publication year: 2023
Introduction:
primary care action strategies are relevant for disease prevention and health promotion, as well as for the initial management of suspected cases and the individual monitoring of patients with confirmed diagnoses of COVID-19. This study aimed to evaluate the outcome of clinical worsening and demographic, occupational, and clinical variables of workers with COVID-19 in a community health center at a public university in southeastern Brazil. Methods:
a retrospective cohort study was conducted with 1,459 symptomatic workers with COVID-19. Data were extracted from the database of the unit’s epidemiological surveillance center between March 2020 and March 2021. Results:
The average age of participants was 41.1 (SD 10.8) years, most women (71.1%), who had obesity (19.9%) and hypertension (17.0%). Among the symptoms, headache (75.3%) and cough (74.9%) stood out. The worsening of clinical outcome during follow-up occurred in 3.4% of cases. The demographic, occupational and clinical factors associated with clinical worsening were gender, professional category, hypertension, diabetes mellitus, obesity, dyslipidemia, olfactory disorders, cough, fever, and dyspnea. The Poisson regression showed that the prevalence of clinical worsening was greater with age, obesity, fever, and dyspnea. Conclusion:
Clinical wors-ening occurred in 3.4% of the cases and was more prevalent according to age, obesity, fever, and dyspnea. The follow-up has shown promise in the early detection and treatment of COVID-19 (AU).
Introdução:
as estratégias de ação da atenção primária são relevantes para a prevenção de doenças e promoção da saúde, bem como para o manejo inicial de casos suspeitos e acompanhamento individual de pacientes com diagnóstico confirmado de COVID-19. Este estudo teve como objetivo avaliar o desfecho da piora clínica e variáveis demográficas, ocupacionais e clínicas de trabalhadores com COVID-19 em um centro comunitário de saúde de uma universidade pública do sudeste do Brasil. Métodos:
estudo de coorte retrospectivo com 1.459 trabalhadores sin-tomáticos com COVID-19. Os dados foram extraídos do banco de dados do núcleo de vigilância epidemiológica da unidade entre março de 2020 e março de 2021. Resultados:
A média de idade dos participantes foi de 41,1 (DP 10,8) anos, sendo a maioria mulheres (71,1%), com obesidade (19,9%) e hipertensão (17,0%). Dentre os sintomas, destacaram-se a cefaleia (75,3%) e a tosse (74,9%). A piora do quadro clínico durante o seguimento ocorreu em 3,4% dos casos. Os fatores demográficos, ocupacionais e clínicos associados à piora clínica foram sexo, categoria profissional, hipertensão arterial, diabetes mellitus, obesidade, dislipidemia, distúrbios do olfato, tosse, febre e dispneia. A regressão de Poisson mostrou que a prevalência de piora clínica foi maior com a idade, obesidade, febre e dispneia. Conclusão:
A piora clínica ocorreu em 3,4% dos casos e foi mais prevalente conforme idade, obesidade, febre e dispneia. O acompanhamento mostrou-se promissor na detecção precoce e no tratamento da COVID-19 (AU).