Medicina (Ribeirao Preto, Online); 56 (3), 2023
Publication year: 2023
Introduction and objectives:
During the COVID-19 pandemic, the follow-up of patients treated with vitamin K antagonists (VKAs) may have been affected. This study aims to compare how these patients were monitored pre- and post-COVID-19 pandemic and understand the impact of non-face-to-face appointments on their follow-up. Methods:
We conducted a retrospective cohort study in a Portuguese Health Center. The study included patients treated with VKAs and followed at the Health Center for international normalized ratio (INR) monitoring between March 2019 and March 2021. Data collected:
sex, age, type of VKA; INR; date of INR assessment, type of appointment (face-to-face or phone/e-mail). Rosendaal’s method was used to calculate pre-COVID-19 and post-COVID-19 time in therapeutic range (TTR). Good TTR control was defined if values ≥ 70%. Results:
44 patients were included. The mean TTR in the pre-COVID-19 period was 64.55% (95% CI: 58.10 - 71.00%). The post-COVID-19 mean was slightly higher (+ 2.26%), 66.81% (95% CI: 59.66 - 73.97%), but the difference was not statistically significant (p = 0.576). The use of non-face-to-face appointments did not contribute to worsening post-pandemic TTR, show-ing no lower follow-up than during pre-pandemic period in which all contacts were face-to-face [CI (95%) -0.397 - 0.196 for a reference range -0.489 - 0.693]. Conclusions:
The TTR value in both periods was similar and lower than the value defined for effective hypocoagulation. The use of non-face-to-face consultation in the post-COVID-19 period does not seem to have influenced the quality of hypocoagulation (AU).
Introdução e objetivos:
Durante a pandemia COVID-19 o acompanhamento de doentes medicados com antagonistas da vitamina K (AVKs) pode ter sido afetado. Este estudo pretende comparar a forma como estes doentes foram monitorizados antes e depois da pandemia COVID-19 e compreender o impacto da consulta não presencial no seu seguimento. Métodos:
Estudo de coorte retrospetivo num Centro de Saúde em Portugal. O estudo incluiu doentes tratados com AVKs e seguidos no Centro de Saúde para monitorização do International Normalized Ratio(INR) entre março de 2019 e março de 2021. Dados recolhidos:
sexo, idade, tipo de AVK; INR; data da avaliação do INR, tipo de consulta (presencial ou por telefone/e-mail). Foi utilizado o método de interpolação linear de Rosendaal para calcular o tempo em intervalo terapêutico (TTR) pré- e pós-COVID-19. Foi definido um bom controle se valores de TTR ≥ 70%. Resultados:
Foram incluídos 44 doentes. A média de TTR no período pré-COVID-19 foi de 64,55% (95% IC: 58,10 - 71,00%). A média pós-COVID-19 foi ligeiramente superior (+ 2,26%), 66,81% (95% IC: 59,66 - 73,97%), mas a diferença não foi estatisticamente significativa (p = 0,576). A utilização da consulta não presencial não contribuiu para o agravamento do TTR no período pós-pandemia, não mostrando um seguimento inferior ao do período pré-pandemia em que todos os contatos foram presenciais [IC (95%) -0,397 - 0,196 para um intervalo de referência -0,489 - 0,693]. Conclusões:
O valor de TTR em ambos os períodos foi semelhante e inferior ao valor definido para hipocoagulação eficaz. A utilização da consulta não presencial no período pós-COVID-19 não parece ter influenciado a qualidade da hipocoagulação (AU).