A cidade não pode parar: a Maratona do Rio de Janeiro em 2020 na era da pandemia
The city cannot stop: the Rio de Janeiro Marathon in the era of the pandemic
La ville ne peut pas s’arrêter: le Marathon de Rio de Janeiro à l’ère de la pandémie
RECIIS (Online); 18 (1), 2024
Publication year: 2024
Neste artigo, iremos apresentar como ocorreu a edição virtual da Maratona do Rio de Janeiro em 2020, ainda sem autorizações sanitárias para a realização de grandes eventos. Para isso, analisaremos o Guia do corredor, apresentado aos corredores na época. A competição é realizada por meio de uso de aplicativos, mas o atleta é estimulado a correr com o slogan “Não correr nunca foi uma opção”. Abordamos os conceitos de necrodemografia e necropolítica. Entende-se que a Maratona do Rio pratica uma espécie de necropolíti-ca ao organizar a competição em pleno período pandêmico do Brasil, apesar de valorizar a paisagem da rua em suas plataformas comunicacionais.
In this article, we will present how the virtual edition of the Rio de Janeiro Marathon took place in 2020 in the middle of the pandemic, still without health permits to hold major events. For this, we will analyze the Runner’s Guide presented to the runners at the time. The competition is carried out using applications, but the athlete is encouraged to run with the slogan “Not running was never an option”. We approach the concepts of necrodemography and necropolitics. It is understood that the Rio Marathon practices a kind of necropolitics when organizing the competition in the middle of the pandemic period in Brazil, despite valuing the street landscape in its communication platforms.
Dans cet article, nous allons vous présenter comment s’est déroulée l’édition virtuelle du Marathon de Rio de Janeiro en 2020, toujours sans autorisations sanitaires pour les grands événements. Pour cela, nous analyserons le Guide du marathonien, présenté aux marathoniens à l’époque. La compétition se déroule à l’aide d’applications, mais l’athlète est encouragé à courir avec le slogan “Ne pas courir n’a jamais été une option”. Nous abordons les concepts de nécrodémographie et de nécropolitique. Il est entendu que le Marathon de Rio pratique une sorte de nécropolitique en organisant la compétition en pleine pandémie au Brésil, malgré la valorisation du paysage de rue dans ses plateformes de communication.