Rev. Psicol., Divers. Saúde; 13 (1), 2024
Publication year: 2024
INTRODUÇÃO:
As polÃticas de saúde infantil da Atenção Básica preconizam pela perspectiva do cuidado integral, associadas ao princÃpio da territorialidade. Contudo, abarcar a diversidade do território constitui-se enquanto um importante desafio para
os profissionais de saúde responsáveis pelas consultas periódicas dos bebês, sobretudo em locais com forte tradição cultural hegemônica. OBJETIVO:
O presente estudo buscou investigar as experiências e desafios de profissionais de saúde com a diversidade de
cuidadores, saberes e práticas de cuidado nos atendimentos a bebês de 0 a 2 anos na Atenção Básica de Caxias do Sul, RS. MÉTODO:
Trata-se de um estudo qualitativo envolvendo entrevistas online com 12 profissionais de saúde de quatro UBS da cidade, cujos dados
foram analisados através de uma leitura psicanalÃtica. RESULTADOS e DISCUSSÃO:
Constatou-se que há uma diversidade de cuidadores nas consultas dos bebês, sobretudo mães italianas, avós italianas e cuidadores imigrantes não italianos. Ainda, as consultas acabam se tornando um palco de embates entre profissionais e cuidadores, especialmente no tocante às dissonâncias sobre os saberes e
práticas de cuidado ao bebê. CONCLUSÃO:
Os saberes dos cuidadores que não estão em consonância com as polÃticas de saúde são
percebidos pelos profissionais de saúde enquanto desafios na efetivação do cuidado integral dos bebês.
INTRODUCTION:
Child health policies in Primary Health Care (PHC) operate from the perspective of comprehensive
care, associated with the principle of territoriality. However, embracing the diversity of the territory is an important challenge for
health professionals responsible for the infant’s periodic consultations, especially in territories with a strong hegemonic cultural
tradition. OBJECTIVE:
This study sought to investigate the experiences and challenges of health professionals with the diversity of
caregivers, traditional knowledge, and care practices regarding infants aged 0 to 2 years in PHC, in a southern city of Brazil. METHOD:
This qualitative study involved online interviews with 12 health professionals from four PHC Centers, whose data were analyzed
through a psychoanalytical reading. RESULTS and DISCUSSION:
It was found that there is a diversity of caregivers in the infant’s
consultations, especially Italian mothers, Italian grandmothers and non-Italian immigrant caregivers. Moreover, the consultations
become a stage for disparities between professionals and caregivers, especially because of the disagreements about the traditional
knowledge and baby care practices. CONCLUSIONS:
The caregiver’s traditional knowledge that differs from the health policies end
up being perceived by health professionals as challenges in the achievement of comprehensive care for infants.
INTRODUCCIÓN:
Las polÃticas de salud infantil en Atención Primaria abogan por prácticas profesionales basadas en la perspectiva
de la atención integral, asociada al principio de territorialidad. Sin embargo, acoger la diversidad del territorio es un desafÃo para los profesionales
de la salud responsables de las consultas periódicas con los bebés, especialmente en lugares con una fuerte tradición cultural hegemónica.
OBJETIVO:
Este estudio investigó las experiencias y desafÃos de los profesionales de salud con la diversidad de cuidadores, saberes y prácticas
de cuidado en consultas de bebés de 0 a 2 años, en Atención Primaria de una ciudad del sur de Brasil. MÉTODO:
Se trata de una investigación
cualitativa que involucra entrevistas online con 12 profesionales de cuatro centros de salud, cuyos datos fueron analizados a través de una
lectura psicoanalÃtica. RESULTADOS y DISCUSSIÓN:
Se encontró que existe diversidad de cuidadores, especialmente madres/abuelas italianas
y cuidadoras inmigrantes no italianas. Las consultas se convierten en escenario de enfrentamientos entre profesionales y cuidadores en lo que
se refiere a los diferentes conocimientos y prácticas del cuidado. CONCLUSIÓN:
Los conocimientos de los cuidadores que no se ajustan a las
polÃticas de salud acaban siendo percibidos por los profesionales como desafÃos en la concreción de la atención integral al bebé.