Homeopatia: arquétipos e ressonância mórfica
Homeopathy: archetypes and morphic resonance

Rev. homeopatia (São Paulo); 85 (1), 2024
Publication year: 2024

O inconsciente coletivo é um conceito formulado por Carl G. Jung que consiste de um nível de consciência primordial, compartilhado pelos membros de comunidade no âmbito familiar, racial, social, grupal, etc. e mediado por reações humanas instintivas ancestrais que não se baseiam na experiência individual. A assim chamada Ressonância Mórfica, elaborada por Rupert Sheldrake, amplia o conceito de inconsciente coletivo, pois opera em todo o universo, envolvendo elementos de todos os reinos da natureza. Representa uma memória coletiva auto-organizada influenciada por padrões semelhantes do passado. Poderíamos inferir que a totalidade de sintomas de uma patogenesia de uma substância é também um conjunto de símbolos e arquétipos. Cada substância está ligada aos seus ancestrais de uma mesma família botânica ou animal, como também ligada à formação geológica do nosso planeta. De forma semelhante, existe uma consciência de grupo que influencia todos os membros do sistema familiar. A verdadeira individualidade psíquica da criança é uma combinação de fatores coletivos, pois não apenas o corpo da criança, mas também sua alma, provém da série dos antepassados, no sentido de que ela não pode ser distinguida individualmente da alma coletiva da humanidade. Por estar espalhada por toda a parte na alma coletiva, a criança pequena “percebe” não apenas os condicionamentos mais profundos dos pais, mas também, em um âmbito mais extenso, o bem e o mal existentes nas profundezas da alma humana. Todos nós somos influenciados pelas dinâmicas sistêmicas do mundo que nos cerca. A tendência é repetir inconscientemente os problemas do passado e levá-los adiante. Desta forma, a noção de individualidade é relativizada. Ao estudarmos os medicamentos agregando-os por algum tipo de analogia para formar grupos ou famílias seja de origem mineral, vegetal ou animal, o conjunto de características, temas, arquétipos, sensações, sintomas comuns, etc. de um determinado grupo forma um campo mórfico no espaço-tempo, a qual os pacientes por ressonância ou similitude se ligam inconscientemente. O campo eletromagnético de cada indivíduo, mediado pelos seus sistemas de crenças e campos mórficos familiares, liga-se aos campos informacionais dos mitos, dos arquétipos e do inconsciente coletivo humano similares, podendo levar ao adoecimento.
The collective unconscious is a concept formulated by Carl G. Jung that consists of a primordial level of consciousness, shared by community members in the family, racial, social, group, etc. spheres and mediated by ancestral instinctive human reactions that are not based on individual experience. The so-called Morphic Resonance, elaborated by Rupert Sheldrake, expands the concept of the collective unconscious, as it operates throughout the universe, involving elements from all kingdoms of nature. It represents a self-organizing collective memory influenced by similar patterns from the past. We could infer that the totality of symptoms of a pathogenesis of a substance is also a set of symbols and archetypes. Each substance is linked to its ancestors from the same botanical or animal family, as well as linked to the geological formation of our planet. Similarly, there is a group consciousness that influences all members of the family system. The true psychic individuality of the child is a combination of collective factors, for not only the child’s body, but also his soul, comes from the series of ancestors, in the sense that it cannot be distinguished individually from the collective soul of humanity. Because it is scattered everywhere in the collective soul, the young child “perceives” not only the deeper conditionings of the parents, but also, in a wider scope, the good and evil existing in the depths of the human soul. We are all influenced by the systemic dynamics of the world around us. The tendency is to unconsciously repeat the problems of the past and carry them forward. In this way, the notion of individuality is relativized. When we study medicines by aggregating them by some kind of analogy to form groups or families, whether of mineral, vegetable or animal origin, the set of characteristics, themes, archetypes, sensations, common symptoms, etc. of a given group forms a morphic field in space-time, to which patients by resonance or similarity unconsciously attach themselves. Each individual’s electromagnetic field, mediated by their belief systems and familiar morphic fields, is linked to the informational fields of similar myths, archetypes, and the human collective unconscious, and can lead to illness.

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