The resilience of the Brazilian Unified Health System is not (only) in responding to disasters
A resiliência do Sistema Único de Saúde não está (somente) nas respostas aos desastres
Rev. saúde pública (Online); 58 (), 2024
Publication year: 2024
ABSTRACT Coping with the recent COVID-19 pandemic has shown that the Brazilian Unified Health System (SUS) needs to improve its resilience to handle the rapid spread of communicable diseases while ensuring the necessary care for an aging population with comorbidities and in a vulnerable situation. This article identifies, analyzes, and discusses critical aspects of the resilience of the SUS, calling into question the prevailing focus on the robustness and volume of resources mobilized during the outbreak of major disasters. Recent studies demonstrate that the skills that favor adaptation to unexpected situations emerge from the daily functioning of organizations. Restricting the discussion to the mobilization of structures to respond to adverse events has the effect of limiting their potential, inhibiting the emergence of the transformative, adaptive, anticipatory, and learning skills necessary for the sustainable development of resilience.
RESUMO O enfrentamento da recente pandemia da covid-19 mostrou que o Sistema Único de Saúde (SUS) precisa aprimorar sua resiliência para lidar com o rápido alastramento de enfermidades transmissíveis sem deixar de garantir o cuidado necessário a uma população envelhecida, com comorbidades e em situação vulnerável. Este artigo identifica, analisa e discute aspectos críticos da resiliência do SUS, colocando em xeque o foco prevalente sobre a robustez e o volume dos recursos mobilizados emergencialmente na deflagração de grandes desastres. Recentes estudos demonstram que as habilidades que favorecem a adaptação a situações inesperadas emergem a partir do funcionamento cotidiano das organizações. Restringir a discussão ao simples dimensionamento das estruturas para reagir aos eventos adversos tem o efeito de engessar o seu potencial, inibindo o afloramento de habilidades transformadoras, adaptativas, de antecipação e de aprendizado necessárias para o desenvolvimento sustentável da resiliência.