Cryptococcus laurentii fungemia in a patient with chronic kidney disease on hemodialysis
Fungemia por cryptococcus laurentii em paciente com doença renal crônica em hemodiálise

J. Health Biol. Sci. (Online); 12 (1), 2024
Publication year: 2024

Introduction:

Chronic Kidney Disease (CKD) is a relevant comorbidity from clinical and public health perspectives. Infections are an important cause of death in those patients. Although rare, fungal infections are increasing in incidence.

Case report:

a 45-year-old female patient with CKD due to systemic lupus erythematosus (SLE) was admitted to a tertiary hospital due to a bloodstream infection (BSI) caused by Cryptococcus laurentii. She received treatment with anidulafungin with good initial response but presented clinical and laboratory worsening after a few days, and the treatment was switched to amphotericin B. The hemodialysis access was changed. Chest tomography, echocardiogram, eye fundus examination, and cerebrospinal fluid study did not show changes. After 32 days of amphotericin B, the patient presented clinical improvement and was discharged to take oral fluconazole for three (3) months.

Conclusion:

BSI due to Cryptococcus laurentii is rare in patients on chronic hemodialysis with a high potential for complications. Physicians should have clinical suspicion for those infrequent infections infractions, and culture evaluation should always be performed. The diagnosis is still a challenge, as well as the therapeutic regimen.

Introdução:

a doença renal crônica (DRC) é uma comorbidade relevante do ponto de vista clínico e de saúde pública. As infecções configuram importante causa de morte nesses pacientes. Embora raras, as infecções por fungos têm incidência crescente.

Relato de caso:

uma paciente do sexo feminino, 45 anos, com DRC por lúpus eritematoso sistêmico (LES) foi internada em hospital terciário devido à infecção de corrente sanguínea (ICS) por Cryptococcus laurentii. Recebeu tratamento com anidulafungina com boa resposta inicial, porém, devido à piora clínica e laboratorial, o tratamento foi modificado para anfotericina B, assim como foi realizada a troca do acesso para hemodiálise. A tomografia de tórax, o ecocardiograma, o exame de fundo de olho e o estudo do líquido cefalorraquidiano não evidenciaram alterações. Após 32 dias de anfotericina B, a paciente apresentou melhora clínica e recebeu alta hospitalar com fluconazol via oral por 3 meses.

Conclusão:

a ICS por Cryptococcus Laurentii é rara nos pacientes em hemodiálise crônica, porém com alto potencial de complicações. Há a necessidade de suspeição clínica e avaliação por culturas, sendo o diagnóstico ainda um desafio, bem como o esquema terapêutico.

More related