Corneal topographic alterations in women with endometriosis: data analysis in an ophthalmologic clinic
Alterações topográficas corneanas em mulheres portadoras de endometriose: análise de dados em uma clínica oftalmológica

Rev. bras. oftalmol; 83 (), 2024
Publication year: 2024

ABSTRACT Objective:

To verify whether there are pathological dysfunctions in the cornea of patients with endometriosis.

Methods:

Case-control research with a quantitative approach that compared topographic and tomographic examinations of the cornea of patients with a laparoscopic diagnosis of endometriosis, without the use of hormonal medications, to the control group.

Results:

We analyzed 78 eyes, 34 from the endometriosis group and 44 from the control group. The loss of orthogonality between the axes of the corneal curvatures was more frequent in the group with endometriosis (p = 0.0744). The difference between the mean keratometric measurements of the two eyes was significantly greater in the control group (p = 0.0204). In the tomographic findings, the group with endometriosis presented higher means of posterior elevation compared to the control group (p = 0.0060).

Conclusion:

The results do not allow us to conclude that women with endometriosis have a higher risk of developing corneal ectasia, although the posterior elevation map demonstrated a greater posterior curvature of the cornea in this group, with a statistically significant difference. However, an isolated increase in the posterior elevation map does not have good diagnostic accuracy.

RESUMO Objetivo:

Verificar se há disfunções patológicas na córnea de pacientes portadoras de endometriose.

Métodos:

Pesquisa do tipo caso-controle de abordagem quantitativa, que comparou exames topográficos e tomográficos da córnea de pacientes com diagnóstico laparoscópico de endometriose, sem uso de medicações hormonais, ao grupo controle.

Resultados:

Foram analisados 78 olhos, 34 do grupo com endometriose e 44 do grupo controle. A perda da ortogonalidade entre os eixos das curvaturas corneanas foi mais frequente no grupo com endometriose (p = 0,0744). A diferença entre as médias das medidas ceratométricas dos dois olhos foi significativamente maior no grupo controle (p = 0,0204). Nos achados tomográficos, o grupo com endometriose apresentou maiores médias de elevação posterior em relação ao controle (p = 0,0060).

Conclusão:

Os resultados não permitem concluir que portadoras de endometriose têm maior risco de desenvolver ectasia corneana, embora o mapa de elevação posterior tenha demonstrado maior curvatura posterior da córnea nesse grupo, com diferença estatisticamente significativa. Contudo, um aumento isolado no mapa de elevação posterior não possui boa acurácia diagnóstica.

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